Segundo informações publicadas no último domingo (12) pelo The New York Times, a Rússia se aproveitou de uma botnet para conduzir uma campanha de espionagem internacional. O governo local se aproveitou da estrutura da agora falecida GameOver Zeus de Evgeniy Bogachev para obter dados sigilosos de pessoas nos Estados Unidos e em outros países.
Entre 2011 e 2014, os computadores infectados eram instruídos a procurar por documentos que estavam relacionados aos interesses russos. Entre eles estavam o suporte dos Estados Unidos a forças rebeldes na Síria, operações na Ucrânia e pesquisas com os termos “Top Secret” e “Departamento de Defesa” — o que sugere que ao menos alguém envolvido com o governo norte-americano foi infectado.
Bogachev trabalhava 'sob a supervisão de uma unidade especial da FSB'
Conforme o esperado, a Rússia não fez qualquer comentário oficial sobre o assunto, embora membros do governo ucraniano tenham confirmado que Bogachev trabalhava “sob a supervisão de uma unidade especial da FSB”. Além disso, há indícios de que ele está morando em uma cidade-resort usando seu próprio nome sem o medo de qualquer espécie de represália.
No passado, o governo russo se tornou conhecido por contratar hackers que podiam operar à revelia da lei sem qualquer medo de punições. Em resposta à descoberta, os Estados Unidos não têm muito a fazer a não ser impor sanções ao país — é muito difícil conseguir provar as ligações diretas entre os donos da botnet e o governo local, que não parece ter qualquer interesse em agir contra Bogachev contanto que ele continue visando somente os alvos apontados a ele.
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