A Asor Hack Team, um braço sob a ideologia da Anonymous, acabou de postar toda a base de dados da Empresa Metropolitana de Trens Urbanos de São Paulo (EMTU). A ação, proveniente de um hack, foi realizado contra o "propinoduto tucano", de acordo com a AHT.
"Em 2013, segundo a denúncia do Ministério Público, foram desviados um montante de, no mínimo, R$ 425 milhões das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM). Contra o propinoduto tucano", escreveu a Asor em um tweet. "Prisão de Geraldo Alckmin já! Não iremos parar, espere por nós!".
No começo deste ano, a Justição de São Paulo aceitou uma denúncia contra sete executivos acusados de cartel e fraude à licitação de 2009. Problemas de assinaturas na acusação também foram encontrados no governo de 2015, como mostra o Estado. No caso, os governadores envolvidos nesta questão são José Serra (PSDB, 2009) e Geraldo Alckmin (PSDB, 2015). O ponto-chave foi a criação de uma Parceria-Público Privada (PPP) no setor metroferroviário paulista que tinha um valor total de R$ 1,8 bilhão e contemplava a aquisição de 288 carros novos para a frota da linha 8 do metrô.
Asor Hack Team
Abaixo, você confere o manifesto completo postado pela Asor Hack Team antes de postar todos os dados hackeados, que você pode encontrar no Pastebin.
"Nós cidadãos temos o direito de como e em que condições os contratos entre prefeituras e empresas são assinados e como é calculado o custo das passagens. Tudo isso afeta a qualidade do serviço. No momento em que há informações de que as empresas têm sócios em comum, fica evidente o nível de cartelização e malandragem no setor. Transparência zero. Fazem da concessão pública um mecanismo de extorsão da sociedade.
A tarifa pode e deve baixar. De onde cortar? Do lucro dos empresários. E isso deve vir junto com uma mudança profunda na gestão do transporte urbano. A criação de uma empresa pública de transportes que faça a gestão direta do sistema é uma decisão urgente e necessária.
Em 2013, segundo a denúncia do Ministério Público, foram desviados um montante de, no mínimo, R$ 425 milhões das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM). Contra o ‘propinoduto tucano’. Entretanto, o inquérito que investiga a máfia dos transportes está parado ha um ano na Polícia Federal Confira: http://goo.gl/PxrcPs
Um sistema de transporte voltado para o lucro onera os usuários com ônibus lotados e tarifas elevadas. Um exemplo disso é a 'bizarrice' de pagar as viações por número de passageiros transportados e não por quilômetros rodados. Ou seja, trata-se de carregar mais gente com menos custo. O resultado é a superlotação. Rentabilidade não combina com qualidade.
A mobilização popular e o novo edital dos contratos de transporte representam uma oportunidade de enfrentar esta lógica e passar a tratar o transporte público como um direito".
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