Nos últimos tempos, os ransomwares vêm se tornando uma prática cada vez mais comum. Se um ano atrás isso mal era de conhecimento do público, agora não são poucos aqueles que temem ter todos os seus dados “sequestrados”, e tendo que pagar enormes somas de dinheiro para conseguir desencriptar seus arquivos.
Quem pensava que esses eram apenas atos aleatórios de hackers se engana, no entanto. Ao que tudo indica, os ataques seriam, em grande parte, feitos por especialistas contratados pelo próprio governo chinês.
As acusações são resultado das investigações feitas por quatro firmas de segurança norte-americanas. Segundo o jornal Reuters, as companhias teriam identificado as táticas e ferramentas utilizadas nesses ataques como sendo as mesmas das invasões feitas com o suporte do governo chinês, com um maior nível de sofisticação e um melhor software para gerenciar os ataques.
Em busca de mais alguns bitcoins
Isso não quer dizer que os ataques estejam ocorrendo diretamente a mando do governo. Uma das possibilidades citadas pelos especialistas seria resultado da “trégua” que uniu os esforços da China e dos EUA na prevenção de ciberataques: sem o financiamento do governo chinês, muitas empresas e funcionários, agora sem emprego, estariam voltando aos ataques para manter uma fonte de renda.
Da mesma forma, não é impossível que esses sejam os últimos ataques do governo chinês antes de sua “retirada” nos ataques, aproveitando todas as brechas descobertas anteriormente para garantir mais alguns centavos. Também não é descartada a possibilidade de que as ações venham de criminosos comuns que compraram as mesmas ferramentas usadas pelo governo do país.
É importante deixar claro, entretanto, que ainda não há provas concretas das ações dos chineses. Mesmo assim, as empresas se mantêm firmes em suas suspeitas.
O Ministro de Relações Exteriores da China, por sua vez, declarou que levaria a questão a sério se as acusações fossem feitas com uma “atitude séria” e provas confiáveis. Mas, até lá, o país não tinha tempo para responder a “rumores e especulações” sobre tais atividades.
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