Já ficou imaginando daqui da Terra quantas coisas devem estar nesse momento girando em torno do nosso planeta sem cair em nossas cabeças? Sabemos que lá em cima existe uma grande quantidade de satélites e outros dispositivos que nos fornecem sinal de televisão, de celular, de internet, de GPS e muitos outros benefícios, além de pedaços de foguetes, partes obsoletas de algumas máquinas e outros tipos de detritos.
No entanto, talvez você fique impressionado com a quantidade de poluição espacial que cerca nosso pequeno planeta azul quando consultar o site http://stuffin.space/, criado por James Yoder, um aluno de robótica com apenas 18 anos de idade que usa informações de um site do Departamento de Defesa dos Estados Unidos para alimentar o mapa tridimensional que criou.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Posicionamento e rotas de satélites de GPS
Tudo é catalogado e vigiado
Todos os objetos que estiverem girando em órbita da Terra maiores que uma bola com 30 cm de diâmetro são monitorados pelo governo dos EUA, com exceção, é claro, de satélites secretos de espionagem ou algo desse tipo. Isso soma em torno de 150 mil objetos circulando o planeta.
O mapa do site funciona de modo muito parecido com o Google Earth, inclusive mostrando a Terra iluminada em tempo real, e os objetos em torno dela são representados por pontos azuis (corpos de foguetes), vermelhos (satélites) e cinzas (detritos em geral). Também é possível visualizar apenas certos grupos de dispositivos, como os que nos enviam sinal de GPS, do GLONASS (o sistema de posicionamento global russo), da Iridium (uma empresa de telefonia por satélite), entre outros.
Objetos lançados ao espaço através do sistema europeu Ariane SYLDA
Quando clicamos em qualquer um desses pontos coloridos temos acesso a um quadro com informações relativas a ele, como o tipo de objeto, seu grau de inclinação, velocidade a que se move etc.
Como o site funciona?
Segundo o criador do stuffin.space, seu site “usa um modelo de propagação para prever a localização de cada satélite em tempo real com a precisão de apenas alguns quilômetros e apresenta o dado usando uma visualização WebGL com uma vista acurada da rotação terrestre e o ângulo da luz solar”.
Representação dos detritos espalhados pelo choque entre os satélites Iridium 33 e Cosmos 2251 em 2009
Craque em gráficos tridimensionais e WebGL antes mesmo de sair do Ensino Médio, James Yoder agora deve rumar para a Universidade do Texas para se aprofundar em uma de suas paixões: a engenharia elétrica. Que outras ideias geniais podemos esperar da mente desse garoto no futuro?
Fontes
Categorias