Maior telescópio infravermelho já lançado ao espaço encerra suas atividades

Imagem captada pelo telescópio (Fonte da imagem: Reprodução/Space.com)

A Agência Espacial Europeia anunciou que, depois de quatro anos mapeando os confins do universo, o maior telescópio infravermelho já lançado para o espaço teve as suas atividades finalizadas.

O Herschel Space Observatory, lançado ao espaço em 2009, teve os seus suprimentos de hélio líquido refrigerante totalmente esgotados.

O “final” da sua operação foi identificado por uma base na Austrália, que captou um significativo aumento de temperatura em todos os instrumentos do equipamento.

O elemento era capaz de manter o telescópio em temperaturas em torno dos 271 graus negativos. Sem ele, o aparelho é incapaz de produzir as incríveis e detalhadas imagens utilizando luz infravermelha que notabilizaram o equipamento.

Experiência de sucesso

Batizado em homenagem a William Herschel, famoso astrônomo do século XVIII, o telescópio custou cerca de 1,4 bilhão de dólares e começou as suas missões em maio de 2009. Criado para trazer imagens dos confins do universo, ele conseguiu produzir mais de 35 mil fotografias de lugares extremamente escuros e invisíveis para os outros equipamentos “normais”.

Montagem com o telescópio no espaço (Fonte da imagem: Reprodução/Space.com)

Apesar de o telescópio ter trabalhado por apenas quatro anos, os cientistas são unânimes em dizer que ele trouxe uma enorme colaboração para o entendimento do espaço. Paul Goldsmith, um dos representantes da NASA (que também participou do projeto), disse que o Herschel solidificou o caminho para pesquisas espaciais nos próximos anos, tanto em bases terrestres como também fora de nosso planeta.

Outros cientistas afirmam que os estudos feitos pelo telescópio ainda devem trazer muitos resultados, pois há mais de 25 mil horas de informação para serem analisadas pelos pesquisadores que trabalham no projeto.

Segundo alguns profissionais, diversos avanços tecnológicos também puderam ser notados graças ao Herschel. Por fim, os chefes da missão afirmaram que “sentiam-se como se tivessem perdido um membro da família” e que “foram quatro incríveis e intensos anos no espaço”.