Assim como acontece com qualquer pessoa, a Terra também muda de peso através dos anos. Diversos fatores estão levando o planeta a perder e a ganhar massa. Portanto, fica a pergunta: no fim, a Terra está engordando ou emagrecendo? Alguns acadêmicos da Universidade de Cambridge possuem a resposta.
Usando alguns cálculos não muito ortodoxos, o microbiologista Dr. Smith e seu colega Dave Ansell (físico) fizeram uma planilha que leva em consideração tudo que entra e tudo que sai do nosso planeta.
No que se refere ao ganho de massa, a principal contribuição vem por parte das mais de 40 mil toneladas de lixo espacial que orbitam e, consequentemente, acabam caindo na Terra todos os anos. “Esse ‘lixo’ é basicamente vestígio do Sistema Solar a nossa volta, tanto asteroides quanto pedaços de matéria, que nunca se tornaram um planeta”, diz Dr. Smith. Ele ainda complementa afirmando que, nesse cenário, a Terra funciona como um aspirador gigante, que suga tais materiais pela gravidade.
(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
Por outro lado, a Terra também está perdendo massa. Um exemplo provém do núcleo terrestre, que nada mais é do que um grande reator que perde energia (e consequentemente, massa) ano após ano. Porém, essa perda se torna mínima no âmbito geral, algo em torno de 16 toneladas por ano.
Mas há algo a mais que vai fazer a diferença nessa conta. Gases como o hidrogênio são tão leves que eles estão escapando da atmosfera. “Físicos demonstraram que a Terra perde em torno de 3 quilogramas de hidrogênio por segundo. No total, são 95.000 toneladas do gás que deixam nossa atmosfera todo ano”, afirma o microbiologista. O hélio é outro gás que sofre do mesmo processo.
Portanto, ao levar em consideração as perdas e ganhos, podemos dizer que a Terra emagrece em torno de 50 mil toneladas por ano. Em valores relacionais, isso corresponde a 0,000000000000001% da massa total do planeta. Ainda vai levar alguns trilhões de anos para que a Terra emagreça para valer.
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