A arte é subjetiva, mas apenas para nós, pobres humanos mortais. Para computadores, ela pode ser fácil de medir. Isso, é claro, desde que os aparelhos estejam munidos de algoritmos específicos para determinar a criatividade de pinturas baseados em elementos visuais.
O algoritmo em questão foi criado por pesquisadores da Universidade de Rutgers em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, e o estudo resultante foi publicado na arxiv.
Nele, os autores definiram criatividade como “a originalidade do produto e o quanto influenciou outras obras” e compararam mais de 62 mil pinturas. Eles levaram em conta fatores como a vivacidade das cores, a complexidade dos padrões, a naturalidade das formas e os temas retratados, assim como o período em que foram criadas.
Comparativo entre as obras
Quanto mais perto do topo do gráfico, mais criativas seriam as obras, e, quanto mais próximas da parte inferior, mais medíocres elas seriam. Pelo menos de acordo com o algoritmo criado pelos pesquisadores.
Algumas das pinturas consideradas mais criativas pelo computador foram “O grito”, de Edvard Munch, “Pilhas de Feno”, de Claude Monet, e “Mulher segurando uma balança”, de Jojannes Vermeer. Já obras clássicas de Ingres e Rodin ficaram bem abaixo do esperado.
Claro que isso não diminui o valor histórico de nenhum dos quadros e nem vai afetar a avaliação de nenhum conhecedor de arte. Baseado ou não em métodos mais objetivos, esta é apenas a “opinião” de um computador.
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