Campus Party: video mapping - A projeção além da projeção

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Na tarde da quarta-feira, 19, a artista Paloma Oliveira apresentou uma oficina sobre video mapping, técnica que utiliza a projeção de video como pintura sobre espaços não convencionais.

Esta linguagem é tida como a evolução da projeção: construções, espaços vazios e ruas. Tudo vira um possível local para a utilização da técnica.

No início do workshop, Paloma explicou um pouco sobre a história da projeção até os dias atuais.
O conceito da ter imagens sobre uma superficie é antigo: vem desde a idade média com as lanternas mágicas – aparelhos que com a luz do fogo projetavam pinturas em laminas de vidro sobre um plano.

O vídeo além do vídeo – hoje

Atualmente o video mapping é a nova vedete de artistas visuais e Vjs. Grandes instalações foram montadas ao redor do mundo em pontos turísticos, como esta projeção idealizada pelo paulistano VJ Spetto, na estação Nyugati em Budapeste, Hungria.

O trabalho parece exigir um computador potente para a sua realização, porém o programa mais usado atualmente para a projeção pode ser executado numa modesta máquina com 10 GHz de CPU e uma placa de video com 256 MB.

Por se tratar de uma mídia cultural com cunho alternativo, é de se esperar que os meios para a realização do projeto também sejam alternativos. O VPT, por exemplo é um programa de código livre, que pode ser rodado tanto em Mac OS como em Windows e que permite o mapeamento de vídeo em até 16 camadas.

O processo para mapear uma projeção em algum objeto é simples: com o software apropriado, uma imagem do objeto a receber o filme é capturada e a área do trabalho é desenhada. Todo o resto é descartado, em um processo parecido com as camadas do Photoshop.

Com isso feito, basta adicionar as camadas de vídeo da forma que desejar. O limite, como Paloma bem disse, não é a limitação técnica, mas sim a mente. As ferramentas só mudam como a obra é transmitida.

Após a oficina, Paloma e sua equipe ministrou uma aula prática onde foi possível fazer a manipulação do programa e incentivar a criação de novos produtores visuais.

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