Área 42: Construindo um crossbow de papel sem gastar quase nada [vídeo]

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Esta semana vamos fazer algo diferente no Área 42. Vamos construir uma besta (ou balestra) de papel. Se você joga video game, deve conhecer esse equipamento pelo nome em inglês, crossbow.

A besta é comum em muitos jogos e possui uma mecânica muito simples. Trata-se de uma arma com o corpo semelhante ao de uma espingarda, no caso das maiores, ou de uma pistola, no caso das menores. Ambos os modelos possuem um arco na ponta, na horizontal. Você deve tencionar a corda, travá-la, posicionar o projétil e disparar puxando um gatilho.

Ao contrário de um arco comum, a besta dispara flechas pequenas. A nossa, para evitar acidentes, vai disparar cotonetes. Mas não se engane: as pequenas flechas com ponta de algodão podem chegar muito longe.

Vamos ao processo de montagem?

Materiais

  • 10 folhas de papel sulfite;
  • 4 elásticos;
  • 1 grampo de papel (um grampo de roupa também pode ser utilizado);
  • Palitos de sorvete;
  • Palitos de churrasco;
  • Fita adesiva;
  • 1 caneta marca-textos e 1 lápis;
  • Cotonetes.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Iniciando a montagem

O primeiro passo é separar cinco folhas de papel sulfite. Vamos posicionar todas elas juntas, bem alinhadas. Logo, dobramos ao meio, de comprido. Depois, cortamos com uma tesoura, bem no centro.

Em seguida, pegamos a primeira das duas metades e a enrolamos em volta de um lápis, prendendo com fita adesiva. Com a segunda metade, você deve seguir o mesmo procedimento. Assim, teremos dois rolos de papel do mesmo tamanho.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

As cinco folhas restantes também devem ser enroladas em volta do lápis, mas dessa vez não será preciso cortar na metade. O objetivo é que esse rolo fique com o dobro do tamanho dos anteriores.

Agora, pegamos dois palitos de sorvete e os enfiamos dentro do rolo de papel menor, deixando um pouco mais da metade deles para fora. Em seguida, dobramos o tubo na metade. Logo depois, cortamos os palitos, deixando cerca de cinco centímetros de sobra para fora. Veja como ficou.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Com o outro rolo de papel, devemos seguir o mesmo procedimento: colocamos os palitos, dobramos e cortamos.

O próximo passo é prender os tubos menores (que agora formam as duas partes do arco da nossa besta) no rolo maior. Posicionamos os dois na lateral do tubo maior, apertamos bem e aplicamos uma boa quantidade de fita adesiva.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora, vamos pegar a caneta marca-textos e a desmontar. Fazemos isso removendo a tampa de trás e o tubo de tinta de dentro dela. A parte da frente precisa ser cortada para que o cilindro fique uniforme. O tubo deve ficar preso bem na frente, no centro do arco.

O próximo passo é fazer um trilho que vai servir para guiar o projétil até o tubo. Para fazer isso, utilizamos dois palitos de churrasco. Posicionamos os dois alinhados ao cilindro e, com mais fita, os prendemos ao corpo da besta.

Depois de prender os dois palitos, cortamos a sobra da parte de trás e prendemos as duas partes paralelamente aos dois primeiros, na ponta de trás do corpo da nossa besta. Mais um tanto de fita adesiva para fixar tudo e pronto.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora, com um estilete, tiramos algumas lascas das pontas do arco. Fazemos isso para fixar os elásticos com mais facilidade, evitando que eles deslizem durante o disparo do projétil.

Para prender os elásticos, vamos fazer um nó direito. Quem foi (ou é) escoteiro ou pescador conhece esse nó que é utilizado, geralmente, para emendar cordas.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia)

O procedimento é simples: pegamos o primeiro elástico e passamos metade por dentro do outro. Em seguida, puxamos a segunda metade pelo outro lado. O nó está pronto. Veja na imagem. Nós podemos fazer esse procedimento tanto com um par de cada vez como com os dois pares de elásticos ao mesmo tempo. O importante é manter tudo muito bem preso e firme.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora, vamos prender os elásticos nas pontas do arco.

O nó é assim: coloque o indicador e o polegar dentro do laço. Faça um gesto inverso com os dedos virando eles para baixo , e empurrando o laço contra ele mesmo. Com os dedos, puxe a parte de dentro do laço. Pronto, agora é só prender na haste de madeira. Com o segundo lado, deve-se seguir o mesmo procedimento.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora, puxamos o elástico (já preso nas hastes) para trás até que o arco e os elásticos formem a figura de um quadrado: na parte de trás, onde o elástico chegou, é o lugar em que deverá ficar preso o nosso gatilho, no caso, o grampo de papel (ou de roupa). Para prendê-lo, mais fita adesiva.

Para finalizar, vamos pegar um pedaço de palito de sorvete, cortar duas partes com aproximadamente 2 centímetros e prendê-las no meio do elástico. Essa parte terá duas funções: a primeira é empurrar o projétil, e a segunda é prender-se mais facilmente ao gatilho.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Agora é só testar! Vamos carregar com munição (ou cotonete), mirar e atirar!

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Como surgiu a besta

Não é possível determinar a data em que esta arma foi inventada, pois existem registros de seu uso desde muito antes do nascimento de Cristo. Acredita-se que ela tenha sido criada na China, onde a besta era muito utilizada e teve seu uso difundido para o restante da Ásia. Na idade média, os europeus também incorporaram o uso do equipamento durante as guerras. Leonardo da Vinci chegou a projetar o seu próprio modelo de balestra, mas ela não chegou a ser produzida.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia)

Durante as batalhas, os atiradores posicionavam-se em locais de boa visibilidade e atiravam contra os exércitos que, ao receber a saraivada de flechas, ficava completamente vulnerável ao ataque por terra Os projéteis perfuravam as armaduras com facilidade, derrubando grande parte dos soldados.

Com o passar do tempo, existiram milhares de variações desta arma. Enquanto algumas eram do tamanho de uma espingarda, preparadas para serem utilizadas apenas por um homem, outras precisavam de vários soldados, como um comum modelo chinês, que precisava de um homem para esticar a corda e outro para carregar a munição e atirar.

Hoje em dia, a besta saiu das mãos dos soldados e passou para as mãos de caçadores ou atletas em competições específicas.

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