O Brasil sempre está numa situação delicada quando o assunto é dinheiro no bolso. Brasileiro é consumista, mas também adora economizar (até por uma questão de necessidade). Principalmente nos apps de smartphones: só 15% dos brasucas pagam para ter um. Exatamente: ter um aplicativo pago é algo cada mais incomum entre os brasileiros.
Quem diz isso é uma pesquisa de hábitos realizada pela Opinion Box a pedido da Mobile Time. O levantamento aponta que o percentual caiu pela metade entre 2014 e 2015. O WhatsApp é o campeão dos pagos (sim, é um app pago). Confira o top 20 dos apps que não saem dos smartphones do brasileiro:
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- Messenger
- YouTube
- Gmail
- Skype
- Chrome
- Banco do Brasil
- Google Maps
- Play Store
- Candy Crush
- Waze
- Itaú
- Bradesco
- Netflix
- Caixa
- Avast
Dados contêm informações do ano passado com o atual
O estudo ouviu 1.280 internautas em abril de 2015, mas os dados, apresentados nesta terça-feira, contêm informações do ano passado (com o atual), que indicavam que 33% dos brasileiros já haviam baixado algum app pago.
E por que o brasileiro não quer pagar pelo app?
Não é possível precisar exatamente o porquê, mas os hábitos econômicos do brasileiro certamente pesam na conta. De acordo com a pesquisa, a redução de apps pagos pode ser explicada pelo fato de os consumidores já gastarem uma nota preta nos aparelhos e posteriormente ficarem indispostos a gastar mais.
O app precisa oferecer um ULTRA-atrativo para que o brasileiro considere inserir seu número do cartão de crédito e efetuar a compra. De todos os entrevistados no estudo, 46% não veem necessidade de uso desses apps. O cartão de crédito, aliás, é um empecilho: 10% alegam não possuir um e defendem outras formas de pagamento.
O fenômeno WhatsApp
Para quem não sabe, o WhatsApp passou a ser pago desde março de 2013: é preciso desembolsar apenas US$ 1 por ano para usufruir do aplicativo de conversação, que tem o Brasil como um de seus principais mercados (senão o principal). “É incrível como o WhatsApp ganhou força no Brasil”, diz Felipe Schepers, fundador da Opinion Box.
De qualquer forma, o cenário contrasta com a filosofia econômica que o brasileiro costuma ter: tirar aquela vantagem marota nas negociatas.
Fontes