Sabe aquela frase "Nada vem de graça e, quando vem, desconfie"? Ela é verdade até mesmo quando se refere à tecnologia. Em um estudo recente, foi comprovado que os apps gratuitos têm um preço para não cobrarem dinheiro do usuário — utilizando como moeda de troca o consumo de rede, memória e bateria.
De acordo com pesquisadores da University of Southern California, Rochester Institute of Technology (RIT) e Queen's University, os aplicativos gratuitos para tablets e smartphones consomem mais recursos do que as próprias versões pagas. A culpa? A necessidade de baixar e exibir as propagandas que surgem constantemente na tela, seja em banners ou janelas de tela cheia.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
A pesquisa mostra que apps gratuitos gastam em média 16% mais de energia do gadget do que as versões pagas — o valor pode chegar a 33% em alguns casos. Isso pode diminuir o tempo total da bateria do aparelho em até duas horas e meia.
Eles ainda consomem 22% a mais de memória e, como precisam ser baixados pelo aplicativo, utilizam 79% mais dados do plano de rede — o que pode acabar rapidamente com toda a sua conexão 3G ou 4G, caso você possua um plano com baixo limite de dados.
Consequências
O estudo aponta que os usuários se irritam com as propagandas e costumam dar notas menores na avaliação do app nas lojas virtuais. Ao todo, 21 dos programas mais baixados em 2014 foram avaliados durante oito meses na Google Play.
A ideia é que a pesquisa faça com que as desenvolvedoras tomem consciência dos "danos" causados pelos apps gratuitos e sejam menos violentos nos anúncios. Para auxiliar as empresas, uma espécie de modelo com limites de consumo e padrões de exibição de anúncio deve ser criado pelas universidades e enviado às companhias.
Fontes
Categorias