(Fonte da imagem: Reprodução/G1)
Uma competição de desenvolvedores de aplicativos promovida pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo distribuiu um total de R$ 22 mil para os três primeiros colocados. O app campeão, chamado “Como Estou Dirigindo?”, permite que os pedestres avaliem os motoristas, dando notas a eles e fazendo críticas sobre as formas como guiam seus carros.
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Iniciada no último sábado (22) e concluída no domingo (23), a “Hackatona da CET” durou 28 horas e contou com mais de 40 equipes inscritas, das quais apernas 15 foram selecionadas para participar do evento. O time vencedor, intitulado “Mil Diálogos”, levou R$ 10 mil para casa e é composto por Amanda Letícia, Gui Bueno, Jean Marcel Camargo, Leonardo Cabral e Tales Bicudo.
“Nosso objetivo principal é dar voz aos pedestres para que eles se manifestem quanto ao trânsito por meio de um processo simples e bem-humorado”, explica Amanda. Feito para Android, o aplicativo permite digitar a placa do veículo cujo motorista você quer avaliar e, então, escolher as hashtags que descrevem melhor sua opinião. Junto a esses dados, também serão enviadas a localização por meio do GPS e a data e hora via 3G.
Lulu dos motoristas
(Fonte da imagem: Reprodução/G1)
O grupo ressalta que todos os dados dos pedestres e dos motoristas seriam mantidos em sigilo e afirma que o objetivo é que os motoristas também se sintam encorajados a cadastrar seus veículos no serviço, podendo assim ver sua avaliação. “A ideia é fomentar a educação no trânsito e jamais estimular a ofensa, o constrangimento e a punição. Criamos hashtags para elogiar os motoristas que nos respeitam enquanto pedestres”, diz Amanda.
Segundo a participante da equipe de criação, os pedestres que usarem hashtags positivas vão ganhar pontos para trocar por novos avatares e recursos oferecidos pelo app. O grupo pretende levar o projeto adiante e disponibilizar o aplicativo gratuitamente, mas ainda não há um prazo estabelecido para o lançamento.
A CET não tinha a intenção de produzir os aplicativos vencedores, mas o time de desenvolvedores afirmou que pretende se reunir com o órgão para reapresentar seu projeto e tentar firmar uma parceria. Enquanto isso, eles pretendem analisar mais a fundo as formas de implementação do serviço.
Outras ideias
O segundo colocado na “Hackatona da CET” foi o projeto que rendeu R$ 7 mil ao grupo BEM OK, que criou um aplicativo que permite que os ciclistas escolham os melhores trajetos pela cidade, mostrando as vias planas e as ciclovias. Já o terceiro lugar valeu R$ 5 mil para a equipe Bad Request, utilizando dados dos motoristas e da CET para informar as condições de trânsito e a velocidade média nas ruas e avenidas.
A maratona de desenvolvimento foi organizada pelo órgão de trânsito em parceria com a Fundação de Apoio da Universidade de São Paulo. Ano passado, a SPTrans realizou uma hackatona similar, que contou com 60 participantes, durou 30 horas e acabou com a premiação dos apps “Cadê o Ônibus?”, inSPorte e #TrilhaSP. Os dois primeiros estão disponíveis para download, mas o terceiro nunca foi lançado.
Segundo a SPTrans, os programas pertencem aos seus criadores e só podem ser levados ao público se os desenvolvedores decidirem lançá-los comercialmente – o que não foi o caso. Ainda assim, a instituição afirma que está trabalhando para gerar seus próprios softwares, que certamente serão distribuídos após serem concluídos.
Fontes