(Fonte da imagem: Reprodução/Forbes)
O que sempre foi considerado como falta de decoro — à qual nem mesmo os governos resistem — agora foi oficializado em um aplicativo para iPhone. O recém-anunciado Crowdpilot permite, basicamente, espionar terceiros ouvindo suas conversas ao telefone. Não, não se trata de nada ilegal, na verdade. Isso porque a pessoa, de fato, espera que você ouça... E ainda que dê algumas sugestões do que fazer em seguida.
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Naturalmente, cabe a você, como usuário em potencial, decidir quem exatamente vai ou não ouvir a conversa — se amigos do Facebook, estranhos completos, estranhos completos que recebam pagamento do Mechanical Turk, da Amazon, ou qualquer combinação dessas possibilidades. Em seguida, basta adicionar o tipo de conversação: encontros, discussões, reuniões etc.
(Fonte da imagem: Divulgação/Crowdpilot)
Depois de “espionar” de bom grado a sua conversa, os ouvintes podem enviar mensagens de texto sugerindo, por exemplo, uma possível réplica, uma conduta possível ou simplesmente uma frase de encorajamento.
Avise o sujeito do outro lado da linha
Como à maioria das pessoas, a proposta acima talvez o tenha deixado na defensiva — ou tenha removido completamente o que restava de fé na humanidade, dependendo do caso. De fato, o Crowdpilot representa um potencial considerável de violação de privacidade. Ocorre é que a ideia é essa mesma: testar limites.
(Fonte da imagem: Reprodução/Forbes)
A criadora do aplicativo, Lauren McCarthy — que, a propósito, diz não visar nenhum tipo de lucro —, encoraja que se avise a pessoa do outro lado da linha que um completo estranho está ouvindo todas as suas palavras. Sim, isso parece bem improvável.
“Seremos mais conectados ou mais robóticos?”
Entretanto, McCarthy reforça também que a ideia é lançar um questionamento. “Isso vai nos tornar mais conectados ou vai nos transformar em perfeitos robôs?”, disse a desenvolvedora em entrevista à Forbes. “Nós estamos tentando fazer com que as pessoas confrontem essas questões.”
(Fonte da imagem: Reprodução/Forbes)
Ela continua: “Talvez isso o assuste. Ou, talvez, você ache a proposta maravilhosa e divertida. Bem, o que isso faz de você?”. Resta agora saber se a coisa toda ficará apenas em uma pesquisa antropológica... Ou se todos passaremos a medir cada vez mais as palavras ao telefone.
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