Nova patente da Apple indica método de produção refinado de vidro metálico

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Imagem: Tech Wonders

A Apple, ao lado da concorrente Samsung, é uma das campeãs de popularidade entre os aficionados por tecnologia quando o assunto são novas e misteriosas patentes. Basta que um registro da Empresa da Maçã surja no USPTO – órgão responsável por aprovar patentes e propriedades intelectuais nos EUA – para que uma série de especulações seja feita sobre o futuro do projeto. Assim, o astro da vez é um processo avançado de fabricação da liga metálica amorfa desenvolvida pela Liquidmetal – um material com amplas opções de uso.

Para entender a brincadeira é preciso se lembrar das vantagens dessa liga especial, que é chamada popularmente de “vidro metálico” – ou bulk metallic glass (BMG), lá fora. Conhecido de longa data das fabricantes de relógios, o produto é bastante maleável mesmo em escalas diminutas e podendo ser endurecido assim que é moldado em sua forma final, fazendo com que ele possa ser utilizado na criação de pequenas peças ou em acabamento de dispositivos delicados. A desvantagem é que esse processo é complexo e pode nem sempre dar certo.

Mistura de primeira

É aí que entra em jogo a patente 9,103,009 da Apple, que não poupou esforços no aperfeiçoamento na produção dos BMG por conta de um longo acordo de exclusividade firmado com a Liquidmetal. De acordo com o texto enviado ao USPTO – com data original de julho de 2012 –, o projeto contempla um novo método que permite usar uma estrutura básica para “criar ligas diversas de uma maneira controlada”. Isso possibilitaria colocar uma camada de BMG sobre metal, metal sobre BMG ou um amálgama de ambos os materiais.

A ideia é que, resfriando o conjunto em uma série de temperaturas específicas, seja possível criar novas ligas e de um jeito muito mais seguro – evitando a formação de cristais, que fazem com que o metal fique quebradiço. Claro que essas informações dão margem a todo tipo de entendimento por parte do público, já que rumores acerca do uso do vidro metálico na estrutura e na carcaça de smartphones e outros produtos da companhia correm nos bastidores da indústria há algum tempo.

As chances são de que, por conta de o processo ainda seu muito caro, o item dificilmente seja usado em larga escala ou em aparelhos vendidos para o consumidor final, pelo menos no momento. Ainda assim, há quem aposte que os futuros vestíveis da empresa liderada por Tim Cook, como um sucessor mais arrojado do Apple Watch, possam trazer a nova liga em sua composição. O contrato com a Liquidmetal garante que a Apple não precise ter pressa em decisões desse tipo, mas como fica o coração dos fãs da marca, hein?

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