Programado para o final de 2015, o relançamento do sistema de streaming Beats não vai ser exatamente algo fácil para a Apple. Afinal, mesmo com a popularidade dos fones de ouvido associados à marca, esse mercado já possui nomes bem estabelecidos como o Rdio e o Spotify com os quais não vai ser fácil competir.
Aparentemente ciente disso, a empresa da Maçã pode estar usando de algumas táticas escusas para atacar sua competição. Segundo fontes consultadas pelo site The Verge, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a empresa devido à pressão que ela está exercendo sobre algumas gravadoras para que elas abandonem sistemas de streaming gratuitos.
O objetivo da Apple é que essas organizações forcem sistemas como o Spotify a abandonar totalmente suas opções de uso gratuitas. Para isso, as gravadoras estariam dispostas a deixar de renovar seus contratos de licenciamento caso esses serviços não se tornassem opções exclusivamente pagas.
Ao eliminar a opção “freemium” dos serviços concorrentes, a Apple poderia aumentar a atratividade do serviço Beats, que deve ser relançado de forma exclusivamente paga. Junto à oferta de conteúdos exclusivos, isso permitira à companhia de Cupertino obter rapidamente uma boa fatia do mercado de streaming.
YouTube também está ameaçado
Segundo as fontes consultadas pelo The Verge, a Apple teria oferecido pagar à Universal Music o valor que ela estabeleceu em contrato com a Google pela oferta de conteúdos no YouTube. Tudo isso para eliminar completamente qualquer rastro dos artistas licenciados no popular site de vídeos.
Caso a companhia da Maçã seja bem-sucedida em prejudicar o YouTube e o Spotify, ela poderia obter uma fatia considerável do negócio dominado pelas concorrentes com o novo Beats. Além do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Comissão de Competitiva da União Européia também está investigando a pressão que a empresa estaria exercendo sobre gravadoras.
Não é a primeira vez que a Apple tenta usar seu poder junto a outras empresas para prejudicar seus concorrentes. Em 2014, a organização foi condenada em um processo antitruste por usar práticas não aprovadas para promover a venda de livros digitais, o que resultou na presença frequente de um inspetor do Departamento de Justiça em seu campus.
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