O Ministério da Justiça e a Apple tentaram entrar em acordo para permitir a distribuição de jogos para iPhone, iPod Touch e iPad através da App Store. As diferenças na classificação indicativa dos jogos praticada pelo governo brasileiro e a Apple impedem que usuários possam adquirir esse tipo de conteúdo, já que o ministério requer análise de todos os títulos antes da publicação. Segundo a Apple, essa verificação é impossível.
Tentativas de resolver a situação foram realizadas, com conversas entre o Ministério da Justiça e a empresa americana, porém nenhuma concessão foi feita de qualquer lado. Enquanto a Apple se mostra inflexível em relação à sua própria classificação indicativa – baseada no padrão dos Estados Unidos – o governo brasileiro exige a utilização das recomendações nacionais (livre, 10, 12, 14, 16 e 18 anos).
Até mesmo um sinal de compromisso já foi realizado pelo governo, que ofereceu a possibilidade de descartar a análise prévia dos games desde que a Apple adaptasse as recomendações ao padrão brasileiro, uma vez que as indicações da empresa contemplam faixas etárias diferentes. A companhia, entretanto, se recusa a adotar esse tipo de medida.
Assim, enquanto a Apple se recusa a abrir uma exceção para o mercado nacional, esperando que o governo brasileiro ceda à pressão de uma única empresa para alterar toda uma política pública, quem perde é o consumidor que, mesmo gastando quantias consideráveis em equipamentos e software desenvolvidos para os portáteis do pomar, não pode usufruir de jogos de forma legalizada.