Divulgado na última terça-feira (12), o primeiro relatório de diversidade da Apple mostra alguns dados interessantes sobre a companhia. Entre eles, está o fato de que 70% dos 98 mil empregados da companhia são do sexo masculino — o que não se mostra necessariamente uma surpresa e justifica a promessa do CEO Tim Cook de incluir uma maior “inclusão e diversidade” entre suas prioridades para o futuro da empresa.
Segundo a companhia, mais da metade de seus empregados (55%) em diversas áreas, que desempenham ou não papéis de liderança, são considerados brancos. Em seguida, vêm os asiáticos, que possuem 23% dos empregos de áreas ligadas à tecnologia e ocupam 21% dos cargos de destaque. Em comparação, hispânicos ocupam respectivamente 7% e 6% desses papéis, enquanto negros surgem com 6% e 3% de participação.
Compromisso com a diversidade
“Não estou satisfeito com os números dessas páginas”, afirmou Cook em um comunicado que acompanha o relatório. “Isso não é novidade para nós e estamos trabalhando duro durante algum tempo para melhorá-los. Estamos fazendo progresso e estamos comprometidos a ser tão inovadores em questões de diversidade quanto somos no desenvolvimento de novos produtos”, promete o executivo.
Cook afirma que muitos dos executivos sênior da companhia contribuem para isso, incluindo nomes como Eddy Cue e Angela Ahrendts (parte do time de líderes da Apple), assim como Lisa Jackson e Denise Young-Smith, responsáveis pelos grupos de desenvolvimento ambiental e gerenciamento de recursos humanos, respectivamente.
A companhia também destaca seu envolvimento com várias causas relacionadas à educação, o que envolve a doação de vários milhões de dólares. Além disso, a companhia se diz orgulhosa de patrocinar organizações como a “Human Rights Campaign” e o “National Center for Women & Information Technology”.
Situação comum no mundo da tecnologia
O relatório divulgado pela Apple surge pouco após a publicação de estudos semelhantes sobre o Twitter, Google, Yahoo! e Facebook, entre outros grandes nomes do mundo da tecnologia. Em alguns casos, é comum ver companhias cujo quadro de funcionários é formado por 70% de homens brancos.
Embora companhias da área estejam registrando esses dados há tempos, até recentemente elas só precisavam divulgá-las para o governo dos Estados Unidos. Entre aqueles que ajudaram a tornar essas informações mais transparentes está o líder de direitos civis Jessie Jackson, que afirmou que o aumento da diversidade nesse segmento é “o próximo passo para o movimento dos direitos civis”.
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