(Fonte da imagem: Reprodução/Medium)
Para muitas pessoas que acompanham o mundo da tecnologia, trabalhar em empresas como a Apple pode ser considerado uma ótima oportunidade — e não há de se duvidar que muitos funcionários da companhia acreditem viver em um emprego dos sonhos. No entanto, como é comum a qualquer empresa, não são todos os funcionários que saem de Cupertino satisfeitos com a maneira como foram tratados.
Esse é o caso de Jordan Price, que trabalhou como designer de plataformas mobile para a companhia — função que ele considerou simplesmente horrível. Em uma atualização publicada recentemente na plataforma de blogs Medium, ele escreveu sobre as condições adversas que o forçaram a pedir demissão de seu cargo.
“Então eu comecei lá. Imediatamente fiquei incerto quanto aos horários rígidos e o longo tempo de deslocamento, mas ao menos eu podia ser uma dessas pessoas notórias da área de tecnologia indo e voltando de São Francisco em um ônibus privado com WiFi”, escreveu Price. “Eu dificilmente (eu quero dizer quase nunca) via minha filha durante a semana porque os horários eram tão inflexíveis. Também tive um desconto de salário substancial, mas eu pensava estar fazendo um investimento de carreira a longo plano ao trabalhar para uma companhia tão prestigiada”, complementa.
“Minha entrada foi superproblemática, já que eles tinham tantas senhas, contas e logins e foi necessário quase um mês para eu conseguir entrar no servidor. Havia reuniões o tempo todo que atrapalhavam a produtividade de todos, mas elas pareciam um mal necessário em uma companhia tão grande e com produtos de tão alta qualidade. Era chato, mas pensei que isso não seria algo problemático em longo prazo”, continua o designer.
Chefe autoritário
Price afirma que os problemas verdadeiros começaram a surgir quando ele percebeu que seu chefe não agia de forma profissional e tinha o costume de insultar regularmente qualquer pessoa que possuísse um cargo inferior. “Meu chefe imediato, que tinha o hábito de fazer insultos pessoais disfarçados de piadas a qualquer um abaixo dele, começou a fazer ofensas diretas e indiretas em relação a mim”, afirma o ex-funcionário.
(Fonte da imagem: Reprodução/BGR)
“Ele começou a dizer que meu contrato não seria renovado caso eu fizesse ou não fizesse determinadas coisas”, escreveu o designer. “Ele ficava (literalmente) atrás de mim como um chefe saído de Dilbert e me pressionava para terminar alguma tarefa mundana de design que ele considerava ser necessário examinar urgentemente. Ele era democrático quanto a seu autoritarismo e comentários rudes, mas isso não fazia eu me sentir melhor quando eles eram dirigidos aos membros do meu time”.
“Eu me sentia mais como um adolescente trabalhando em uma função de vendas horrível do que um profissional participando de uma das maiores companhias de tecnologia do mundo”, declarou Price. Após diversas tentativas de manter o cargo, o designer preferiu deixar a empresa como forma de “manter sua sanidade”.
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