Será que a Apple engana seus pupilos? (Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
Não é de hoje que ouvimos falar de que novatos no QG da Maçã em Cupertino são testados pela empresa até que eles provem que são dignos de confiança e não vazarão projetos em desenvolvimento nos laboratórios da Apple. Assim, essas pessoas ficariam trabalhando em projetos falsos e, se informações sobre isso caíssem na mídia, a fonte seria rapidamente identificada.
Acontece que, de acordo com o apurado Jacqui Cheng, do Ars Technica, isso não passa de pura lenda urbana. Ainda assim, essa crença popular tem um fundamento e até bibliografia. Tudo começou com a publicação do livro “Inside Apple” de Adam Lashinsky. Na obra, ele falava com vários antigos e atuais empregados da companhia e dava detalhes específicos de como era a vida de um engenheiro da Maçã na sede em Cupertino.
Termos da confusão
Em uma passagem, Lashinsky diz que um funcionário chegou a trabalhar por meses em um “projeto bobo” até ser de fato realocado em uma função mais interessante. A escolha desses termos segundo o autor (dummy projects, em inglês) foi o estopim para as interpretações que geraram o boato que não representava a verdadeira intenção de Lashinsky.
Isso, entretanto, não foi o suficiente para convencer os crentes nos falsos projetos, e o pessoal do Ars Technica resolveu falar com todos os contatos que tinham dentro da empresa para verificar o que realmente se passa por lá. No fim das contas, todos foram categóricos ao negar a existência de tal prática.
O que realmente acontece é a frequente presença de “homens de preto” fazendo bloqueios em alas e escritórios do prédio da empresa durante investigações internas por conta dos vazamentos. Mesmo assim, de acordo com um dos engenheiros contatados, “às vezes projetos são cancelados e nunca mais vêm a luz do dia. Mas, em minha experiência, é muito improvável que novos empregados sejam colocados em coisas falsas”, explica.
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