À esquerda, camiseta vendida para visitantes na Apple. À direita, o livro de Lashinsky. (Fonte da imagem: CNN)
O editor da revista Fortune, Adam Lashinsky, promete causar polêmica com o seu primeiro livro, cuja publicação oficial está marcada para o dia 25 de janeiro. “Inside Apple: How Americas Most Admired ― and Secretive ― Company Really Works” revelará segredos e detalhes estratégicos da Apple, além de descrever procedimentos assustadores e que fazem parte da rotina de quem trabalha na empresa.
O nível de paranoia na Maçã parece ser insuportável: empregados são contratados sem saber com o que vão trabalhar ou o que os colegas de trabalho fazem. Além disso, os funcionários só percebem que algo grandioso está sendo desenvolvido porque, repentinamente, carpinteiros aparecem no escritório e começam a levantar paredes e instalar portas por todos os lados. Depois disso, equipes consideradas especiais são isoladas nas novas salas. Crachás que garantiam acesso a determinados setores simplesmente têm suas permissões revogadas, sem aviso prévio.
Janelas, que antes eram transparentes, passam a ser protegidas por películas que as tornam opacas. Outras salas nem sequer possuem janelas, e os funcionários que trabalham nelas não podem deixar que informações saiam facilmente de lá: é preciso uma razão muito boa para que algum detalhe sobre o projeto seja revelado. Em resumo, se você não sabe algo, não adianta perguntar, pois se fosse necessário, você já saberia.
O clima de segredo é geral
As informações sobre o funcionamento da Apple são segredos exclusivos, que não devem ser revelados em hipótese alguma. Funcionários não podem comentar sobre esses fatos nem mesmo com esposas, maridos ou filhos. Quem comete esse “delito” é despedido imediatamente, sem exceção.
De acordo com o artigo de Lashinsky para a CNN, dentro da Apple tudo é secreto. E os dirigentes até acham graça disso. Prova é a camiseta vendida na loja da empresa, com a seguinte estampa: “Eu visitei o campus da Apple, mas isso é tudo o que eu posso dizer”.
Mesmo com tanta paranoia e restrição, ainda restam motivações para ser um funcionário da Maçã, sendo que a principal é o fato de trabalhar em produtos que serão desejados e usados pelo mundo todo. Certamente, deve ser muito bacana saber que você ajudar a construir o iPhone, por exemplo. Só resta descobrir se, no final, vale a pena enfrentar tanto stress diariamente.
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