Com o sucesso obtido pelo Echo da Amazon e pelo sistema Google Home, muitos passaram a se questionar quando a Apple vai entrar no mercado de assistentes inteligentes controlados por comandos de voz. Embora nada tenha sido confirmado nesse sentido, o vice-presidente da empresa, Phil Schiller, deu alguns sinais do que a empresa está preparando em uma entrevista ao site Gadgets 360.
Questionado sobre sua opinião quanto aos produtos citados, Schiller não fez questão de ser político. “Minha mãe dizia que se você não tem algo bom a dizer, é melhor não dizer nada”, afirmou o executivo. Segundo ele, há dois cenários de uso para assistentes de voz: sem as mãos (como ao dirigir) — o que torna as possibilidades limitadas — e em outros contextos nos quais é preferível ter uma tela à disposição.
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Há momentos nos quais um assistente de voz é realmente beneficial, mas isso não significa que você nunca vai querer uma tela
“Há momentos nos quais um assistente de voz é realmente beneficial, mas isso não significa que você nunca vai querer uma tela. Então a ideia de não ter uma tela, acredito que ela não se adapta a muitas situações. Por exemplo, se estou procurando por direções em um mapa e estou usando a Siri, ela pode me dizer as direções por voz de forma conveniente, mas é ainda melhor se eu posso ver o mapa e ver quais curvas tenho que fazer, os congestionamentos e entender melhor minha rota e o que tenho que fazer”, explicou Schiller.
Experiências mais completas
O executivo também afirma quais telas são mais adequadas às redes sociais modernas, que usam muitas fotografias e vídeos em suas concepções. Ele também dá destaque especial aos games, afirmando que “ainda precisa ver um jogo baseado somente em voz que seja tão divertido quanto aqueles que precisam de uma tela”.
Não está claro se as opiniões de Schiller representam de alguma forma os planos da Apple para o universo de assistentes de voz dedicados. Rumores recentes apontam que a companhia pode apostar em um produto híbrido com funções do AirPlay e com o chip Bluetooth W1, sendo que também há quem aposte em um gadget com o iOS e controles côncavos semelhantes aos vistos no Mac Pro — no entanto, nenhum deles prevê a existência de uma tela.
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