“Nós não criamos produtos pelo preço, nós criamos produtos pela experiência e pela qualidade que as pessoas esperam de um Mac. Às vezes, isso significa que nossos produtos acabam posicionados acima do mercado, mas isso não é nossa intenção, é apenas o preço que eles realmente custam”.
Quinhentos dólares mais caro do que os modelos anteriores em seus lançamentos
Quando questionado pela CNET sobre os altos preços dos novos MacBook Pro nos EUA, foi isso que Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, tinha a dizer. Por lá, o modelo de 13’’ mais barato com a Touch Bar custa US$ 1.799 (R$ 5,7 mil sem impostos), quinhentos dólares mais caro do que os modelos anteriores em seus lançamentos. Não vamos discutir aqui os preços desses dispositivos no Brasil, já que eles estão em uma escala de grandeza totalmente diferente.
Vale destacar, entretanto, que Schiller explicou que a Apple, apesar disso tudo, se importa sim com a acessibilidade econômica dos clientes aos seus produtos, mas ele pensa que isso não está no topo das prioridades da empresa ao criar novos dispositivos.
Por cima da carne seca?
O que isso significa no fim das contas, é que a Apple se vê em uma posição em que, não importa o quanto seus produtos acabem custando, seus fãs vão acabar comprando esses dispositivos porque eles querem, acima de tudo, uma ótima experiência de uso. Contudo, isso pode render problemas para a marca com o passar do tempo. Até quando as pessoas estarão dispostas a pagar qualquer valor que a Apple quiser cobrar por seus computadores, smartphones e tablets?
No Brasil, dá para dizer que elas já não estão mais dispostas a isso, tanto que a maior parte dos clientes brasileiros da Maçã traz seus aparelhos de fora, especialmente dos EUA, compra no “mercado cinza” ou de segunda mão. Mas quando os próprios norte-americanos começarem a achar a Apple cara demais, será que a filosofia de Schiller vai acabar mudando?
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