As substituições de uma tecnologia por outra são sempre complicadas: algumas acontecem como os computadores pelas máquinas de escrever, mas não paramos de ir aos cinemas por conta do Netflix. Porém, de acordo com o NPD Group, um dispositivo em específico corre o risco de perder mercado de forma irrecuperável: os relógios tradicionais de luxo.
De acordo com um recente levantamento do instituto, a venda de relógios nos Estados Unidos atingiu o maior nível de queda desde 2008. O declínio foi de 14%, mas o valor arrecadado em junho deste ano não foi nada baixo: US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,31 bilhão).
O problema é que a maior parte desse valor é obtida por conta dos relógios tradicionais de luxo. Os produtos que custam menos de US$ 1 mil são os que mais correm perigo, pois consumidores nessa faixa de orçamento estão preferindo um Apple Watch do que um produto de marcas gabaritadas. Nos EUA, a faixa de custo do Apple Watch vai de US$ 349 a US$ 17 mil.
Vai mesmo morrer?
Estimativas alegam que a Apple comercializou 1,8 milhão de relógios inteligentes, enquanto a indústria tradicional teria vendido "apenas" 927,5 mil unidades no país em junho de 2015.
Entretanto, não adianta culpar só o produto da Apple. Relógios mais baratos (de US$ 100 a US$ 150) também sofrem, já que smartwatches de fabricantes com o Android Wear apostam cada vez mais em um visual elegante, quase simulando o fator de luxo desses acessórios. Além disso, marcas que estão na moda e não são tão caras assim (Timex, Guess, Burberry e Tissot, por exemplo) também roubaram algumas fatias de mercado.
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