Polêmico, John McAfee admite: 'os antivírus morreram e perderam o sentido'

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A McAfee foi adquirida em 2010 pela Intel. Desde então, os mecanismos de segurança desenvolvidos pela empresa passaram a fazer parte do sistema “Intel Security”. E, de acordo com John McAfee, ex-CEO da companhia, nada melhor poderia ter acontecido. “Você não tem ideia do quão feliz fiquei [após a venda]”, escreveu o figurão ao responder perguntas de internautas via Reddit nesta quinta-feira (3).

Mas a sensação de alívio do empresário não se dá apenas em função de todo o dinheiro embolsado – ainda enquanto empresa independente, o montante de US$ 10 milhões anuais era gerado pela desenvolvedora do então popular software. Acontece que, na opinião de McAfee, os antivírus morreram e perderam seu significado.

“Eu não uso antivírus”, comentou o programador, sem papas nos dedos. “Acho que eles estão mortos e que são baseados em uma tecnologia velha, que não é mais relevante. Kits de hackers são lançados 10 vezes mais rápido [que atualizações para os antivírus]. Os antivírus não têm sentido”, admitiu. McAfee diz que opta pelos sistemas Windows, Android e iOS para garantir sua privacidade e fugir dos olhos curiosos da NSA, CIA e FBI.

Olhos em todos os lugares

“Há alguém me seguindo, não importa para onde eu vá. Então tento mudar constantemente, pois [as autoridades] ficam realmente irritadas quando não podem me localizar”, escreveu o programador, que confessou usar root em seu Android.  

'Eu uso telefones com flip e sem GPS. Uso um celular Samsung quando preciso de internet e compro um novo a cada duas semanas', disse o fundador da McAfee.

Sobre o vazamento de sua conta junto do Ashley Madison, o executivo se conteve. “[Os hackers] disseram que iriam divulgar as contas. Se ‘eu estivesse em outra posição’, teria colocado tudo em pratos limpos com minha esposa”. Após a divulgação polêmica da lista, McAfee tratou de escrever um comunicado público, sem grandes preocupações.

Caos

McAfee explica também que, na época em que participava da cúpula administrativa da empresa que se tornou pública, todo o tempo dedicado ao estudo de vírus se esvaiu. “Eu tinha mil chefes, investidores, FTC, SEC. Todo o meu tempo era usado para reuniões e entrevistas. Tive de contratar um programador novo a cada dia! Eu costumava gastar tempo desconstruindo vírus, mas me tornei um contador”.

McAfee diz que, quando uma empresa cresce e se torna realmente grande, ela começa a ficar lenta, “e não pode sobreviver por muito tempo em sua forma atual”.

  • Conheça a história do milionário da informática nesta página.

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