A fabricante de antivírus Kaspersky divulgou seu relatório anual de segurança, no qual compila números sobre ameaças à computadores e celulares no período entre novembro de 2013 a outubro de 2014. Os dados foram coletados de usuários que consentiram em enviá-los dos vários produtos da empresa.
Segundo as estatísticas o Brasil aparece em primeiro lugar em número de usuários atacados por programas feitos para roubar dinheiro. Foram 299.830 pessoas no país, seguido da Rússia, com 251.917 usuários, e da Alemanha, com 155.773.
De acordo com a Kaspersky, o aumento de turistas com a realização da Copa do Mundo no Brasil fez o país ser um alvo maior para cibercriminosos. No geral, o território nacional aparece no grupo de risco quando se trata de infecção online, com 32,1% dos computadores que relataram alguma ameaça. O líder nessa ranking é a Rússia, com 53,81%, seguido de perto pelo Casaquistão, com 53,04%.
Um mundo perigoso
Os malwares estão hospedados basicamente em quatro países: EUA (27,52% do total), Alemanha (16,62%), Países Baixos (13,41%) e Rússia (10,74%). Dois tipos de programas são os mais vulneráveis: o Java, explorado por 45% das pragas eletrônicas, e os navegadores, com 42%. Aconselha-se sempre a atualizar esses tipos de aplicativos.
Quando o assunto é Mac, os EUA aparecem em primeiro em número de usuários atacados, com 39,14% dos casos. Naturalmente, a maior popularidade do computador da Apple no país, contribui para a estatística, como também é o caso da Alemanha, com 12,56%. O Brasil aparece apenas em 9º, com 2,22%.
Uma área que cresceu muito foram ameaças a celulares. No período de novembro de 2013 a outubro de 104, foram registrados 1,4 milhão de ataques únicos, contra 335 mil do ano anterior, um aumento de mais de 300%. O lugar mais inseguro para usar um telefone móvel é na Rússia, que representa 45,7% dos usuários atacados. É um índice muito superior ao segundo colocado, a Índia, com 6,8%. O Brasil aparece em décimo, com 1,6%.
O estudo também listou a quantidade de aplicativos com malware. No Vietnã, 2,34% dos apps baixados continham um código malicioso. O Brasil não aparece entre os dez primeiros, mas já houve casos do Google retirar da Play Store dois programas bancários falsos. Todo cuidado é pouco.
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