Testamos o Cyanogen 12.1 com Android Lollipop 5.1

6 min de leitura
Imagem de: Testamos o Cyanogen 12.1 com Android Lollipop 5.1

A Cyanogen lançou em abril deste ano a versão 12 do CyanogenMod, trazendo o Android Lollipop para diversos aparelhos da sua extensa linha de dispositivos suportados. Mas a empresa não para e, com a atualização para o Android 5.1, a empresa também disponibilizou o Cyanogen 12.1.

O Android 5.1 é a primeira correção do Lollipop, que conserta bugs e melhora o desempenho e a estabilidade da versão 5.0. E apesar de algumas novidades serem visíveis para os usuários, a maioria das alterações importantes ocorre nos bastidores do sistema operacional.

smart people are cooler

Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.

Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo

Ambos os sistemas são praticamente idênticos no que se refere ao design, mas um olhar mais atento e apurado consegue reparar nas pequenas mudanças que a Google preparou para deixar o Lollipop um pouco mais refinado.

O CyanogenMod 12.1 traz todas as mudanças oferecidas pelo Google e ainda algumas alterações próprias da Cyanogen para tornar o sistema operacional ainda mais esperto e funcional. Se você é fã da ROM e pretende migrar para a nova versão, então confira nossas impressões sobre o sistema!

Android Puro

A Google trabalha arduamente para deixar o Android leve e rápido e isso você pode experimentar com a ROM original. Mas um dos grandes problemas atuais do SO móvel da empresa é que grande parte das fabricantes o desfiguram para torná-lo mais personalizado – o que também o deixa mais carregado.

Um dos principais benefícios de instalar uma ROM como o CyanogenMod é que ela tem poucas modificações em relação ao Android original disponibilizado pela Google. Ou seja, você tem uma experiência quase idêntica à de qualquer pessoa com um dispositivo Nexus. Seria algo como ter a experiência que a Motorola oferece aos seus usuários.

Dessa forma, você pode contar com o design original do Android sem qualquer tipo de modificação. No Lollipop, a empresa lançou o Material Design, que combina movimento com cores chapadas, dando um aspecto mais limpo e com transições mais suaves e elegantes.

Além disso, são diversos recursos próprios da Google que podem ser aproveitados pelos usuários sem limitação, como as novas notificações, a tela de bloqueio, o painel de controle e muito mais. Detalharemos mais para frente todos os recursos.

Design

O Material Design é a nova filosofia de design da Google que deve atingir não apenas o Android, mas todos os produtos da empresa. Ele traz muito mais robustez ao Lollipop, tornando esta versão do SO um dos mais bonitos já desenvolvidas pela empresa.

As mudanças do Lollipop atingem todo o sistema, desde a tela inicial até a tela de bloqueio, passando pela gaveta de notificações, tela de aplicativos, menu de configurações, ícones, fontes, cores, entre outros padrões visuais.

A Cyanogen manteve praticamente tudo inalterado, limitando-se apenas a adicionar suas próprias funcionalidades, mas sempre seguindo os padrões de design rigorosos definidos pelo Google. Dessa forma, todo o visual fica bastante coeso.

Desempenho

Em geral, o CyanogenMod 12.1 com Android Lollipop 5.1 rodou muito bem em nossos testes. Os efeitos de animação da nova versão do SO não o deixam pesado, e por isso, não houveram engasgos de transição de telas em nenhum momento.

Além disso, os jogos e programas, dos mais leves aos mais pesados, foram executados sem qualquer dificuldade ou travamento no sistema. O LG G2 – aparelho que usamos em nossos testes – também não esquentou muito além do comum. Confira os testes do AnTutu Benchmark e do Velamo Metal:

Entretanto, um problema bastante inconveniente insistiu em aparecer: o aparelho reiniciou diversas vezes ao longo dos nossos testes e de forma aleatória. Mas vale lembrar que estamos testando a versão Nightly do CyanogenMod 12.1, supostamente uma das mais instáveis disponíveis pela empresa.

Recursos exclusivos

A Cyanogen adicionou diversos recursos interessantes para tornar o CyanogenMod mais personalizado e diferenciado com relação à versão-padrão do Google. Isso inclui alguns aplicativos próprios e configurações diferenciadas.

Os temas, por exemplo, permitem a qualquer pessoa fazer alterações em todo o sistema de forma nativa e sem complicações. Além de adicionar pacotes completos que modificam tudo de uma vez, também é possível personalizar apenas alguns segmentos, como estilo, ícones, fontes, papéis de parede, animações de inicialização e sons.

Você também pode adicionar perfis de sistema, algo que era muito comum em celulares mais simples como os da Nokia, e que acabaram ficando de lado com o advento dos smartphones. Repaginados, agora eles podem ser ativados por WiFi, Bluetooth ou NFC.

O Cyanogen ainda oferece mais liberdade, como a possibilidade de editar itens da gaveta de notificação, por exemplo. Você pode trocar todos os ícones de acesso rápido e dá até para adicionar a previsão do tempo.

Funcionalidades

Um dos maiores receios em relação a instalar uma ROM personalizada é a questão de compatibilidade e mau funcionamento dos recursos do aparelho, como a bateria, WiFi, Bluetooth, NFC e GPS.

Porém, em nossos testes pudemos constatar que todos os componentes continuaram a funcionar corretamente, se igualando ou até mesmo superando a ROM original instalada no aparelho. Não tivemos problemas com nenhuma destas funcionalidades.

Além disso, a bateria do dispositivo continuou apresentando o mesmo desempenho de tempo, mesmo se tratando de uma versão bastante instável do CyanogenMod. Mas vale lembrar que isso pode variar de versão para versão e de aparelho para aparelho.

Entretanto, o mesmo não podemos dizer da câmera. Devido a mudança de ROM, ela perdeu os recursos disponibilizados pela própria LG e a qualidade das imagens passou a ficar abaixo do esperado. Outro problema é que o aplicativo de rádio, uma funcionalidade disponibilizada pela companhia coreana, é perdido.

Aplicativos próprios

A Cyanogen também desenvolve alguns aplicativos próprios para o seu sistema operacional de modo a complementar o Android. Mas não se preocupe: não há nenhum programa patrocinado e a quantidade é bem pequena.

Na versão 12.1 temos o AudioFX, um equalizador de boa qualidade para fones de ouvido, alto-falante, e que pode ser utilizado em conexões USB, Bluetooth ou sem fio. Há também um app próprio de mensagens SMS de boa qualidade e com Material Design.

Há também um aplicativo de câmera praticamente idêntico ao da Google e um álbum de fotos bastante decente. Você também poderá administrar seus arquivos com um ótimo gerenciador, e programar o despertador com o app de relógio, também com Material Design.

Ainda temos um player de música com funções simples e bastante enxuto. Ele tem um visual bonito, composto por cores sóbrias. Por fim, o navegador de internet é bem simples e se parece bastante com o antigo navegador do Android.

Vale a pena?

Não há dúvidas de que o CyanogenMod é uma boa opção para quem quer se livrar de uma ROM muito carregada e modificada, como é o caso das versões desenvolvidas pela maioria dos fabricantes. E a versão 12.1 continua mantendo-se como uma ótima alternativa.

Ela oferece o excelente visual do Android Lollipop aliado as novas funcionalidades do sistema, bem como diversos recursos e aplicativos exclusivos que oferecem mais liberdade para que o usuário possa personalizar ainda mais o sistema operacional.

Além disso, o sistema operacional oferece estabilidade para que os usuários possam fazer a mudança com conforto e sem medo de que algo possa dar errado, mesmo em versões mais instáveis como as Nightly.

Por isso, se você está pensando em trocar de ROM, o CyanogenMod 12.1 é um sistema operacional a ser considerado. E você? Já experimentou a nova versão do SO? Quais são suas opiniões sobre ele? Não deixe de comentar.

Você prefere ficar com a ROM original ou gosta de se aventurar com uma alternativa? Comente no Fórum do TecMundo

smart people are cooler

Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.

Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.