Os desenvolvedores mobile afirmam que a pulverização do Android – que conta com milhares de aparelhos, com diversas versões do sistema – não chega a causar problemas na hora da criação de jogos e aplicativos. Ainda assim, isso torna a tarefa de otimizar softwares para plataforma um pouco mais complicada do que em soluções fechadas como o iOS, reservado aos dispositivos da Apple. Um relatório divulgado na última quarta-feira (5) mostra que a fragmentação do sistema da Google aumentou 28% em relação ao ano passado.
A pesquisa sobre o assunto foi feita pelo portal do serviço de busca de conexões WiFi OpenSignal, que analisou os dados obtidos com os mais de 600 mil celulares que possuem o seu aplicativo instalado, levantando números impressionantes acerca do sistema operacional mobile entre 2014 e 2015. Em apenas um ano, a empresa detectou uma passagem de 18.796 para 24.093 modelos diferentes de dispositivos rodando Android – de um valor que era de “apenas” 11.866 em 2013 –, distribuídos em nada menos que 1.294 fabricantes.
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Algumas das imagens compartilhadas pelo site – e que você pode conferir na galeria acima – mostram como de um modo bem visual como essa fragmentação de hardware funciona, criando um mosaico colorido e bastante complexo. Outra das ilustrações se foca exatamente na divisão por marcas, com a Samsung dominando grande parte do mercado. Ironicamente, o gráfico serve para indicar um crescimento das outras companhias, já que a sul-coreana tem atualmente uma fatia de 37,8% do setor, uma redução em comparação aos 47,5% de 2012.
Quando analisamos a divisão do sistema operacional em si, as curvas são mais suaves e refletem um esforço da Google para alavancar as versões mais recentes do Android. Sim, ainda existem muitos smartphones com versões antigas da plataforma em atividade, mas é possível ver que, pouco a pouco, o popular KitKat foi abocanhando irmãos mais antigos. Outro ponto digno de nota nesse quesito é as edições 5.0 e 5.1 do Lollipop tentando achar o seu espaço, com a dupla sendo encontrada em 18,1% dos celulares com o sistema.
O caminho das pedras
De acordo com a postagem feita pela equipe do OpenSignal, os dados indicam ainda uma preferência dos consumidores por dispositivos com telas maiores, hardware encorpado e com sensores úteis para atividades no dia a dia. Adicionalmente, fica da vez mais claro a tendência dos usuários em optarem por experiências mais próximas do Android original ou com o software apenas levemente modificado, o que pode ajudar a Google a unificar um pouco mais o seu produto. Será que veremos mudanças significativas nesses números para 2016?
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