Ele ajudou a definir o conceito de smartphone, fez com que computadores que cabem no bolso se popularizassem em uma velocidade incrível e levou tecnologias antes pouco acessíveis financeiramente a quase todos os cantos do planeta.
O Android é o sistema operacional móvel mais usado do mundo e com a maior fatia de vendas do mercado. Embora não seja preferência unânime (e é preciso respeitar isso!), o serviço da Google tem uma importância história e tecnológica inegável.
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O simpático robô verde completou sete anos nesta semana, e nada mais justo que homenageá-lo lembrando dos fatos mais marcantes desse período. O Phone Arena montou uma lista com as funções que mais se destacaram nos últimos anos, além de alguns aparelhos clássicos. Resolvemos selecionar os que merecem um lugar de honra — e essa parte é complicada, porque é tanta coisa lançada que mal dá para acompanhar todos os lançamentos.
Na maioria dos casos, priorizamos aqueles que marcaram o início de um novo sistema operacional. Por isso, se o seu gadget do coração não estiver aí, não se preocupe: ele também faz parte da história e está no hall da fama da mascote esverdeada.
Funções
Android 1.5 (Cupcake) – Teclado na tela
Muitos que hoje ostentam um Android não entendem como o mundo dos celulares funcionava sem touchscreen. Pois é: houve um tempo que os telefones móveis sequer tinham um teclado QWERTY completo, mas sim os numéricos. Neles, era preciso pressionar uma tecla várias vezes só para inserir uma letra com acento. Que absurdo! O Cupcake trouxe o software de teclado virtual, que já existia no iPhone e era uma inovação boa demais para ser deixada de lado.
Android 1.6 (Donut) – Para displays de todos os tamanhos
A primeira atualização comercial do sistema operacional teve como destaque a capacidade de rodar em telas de tamanhos diferentes. Ou seja, as fabricantes estavam livres para produzir celulares variados, de acordo com a vontade e a demanda do consumidor. Outra função que não podemos deixar de lado é a barra de busca do Google, aquele atalho na tela inicial que direciona para a pesquisa na internet.
Android 2.0 (Éclair) – Sincronia de contas e câmera
Talvez um dos doces mais deliciosos escolhidos para ser o nome de um Android, a bomba de chocolate trouxe uma enorme quantidade de alterações na interface, além de modificações internas que aprimoraram o desempenho do sistema operacional. Duas inovações merecem destaque. A primeira é a possibilidade de sincronizar contas, permitindo que você adicione vários perfis ao aparelho e importe contatos e emails.
A segunda é a melhoria considerável do app de câmera, que ganhou suporte a flash, zoom digital, balanço de branco, efeitos de cores e melhor focalização. Os retratos ainda não saíam supernítidos, mas já era um começo.
Android 2.3 (Gingerbread) – Giroscópio
Acredite se quiser, mas o primeiro Android de muita gente ainda é o sistema operacional de grande parcela dos usuários. O desempenho em games e multimídia foi aprimorado e novos sensores apareceram — como o giroscópio. Sem ele (e a integração com o acelerômetro), jogos como Just Dance Now, que usam identificação de movimento e posicionamento do aparelho, nunca existiriam.
Android 3.0 (Honeycomb) – Otimizado para tablets
Nessa nova versão, os tablets foram os dispositivos visados e as inovações focaram quase que exclusivamente neles. A interface ganhou a cara holográfica que durou bastante tempo e a Barra de Sistema foi introduzida — trata-se daquele menu que fica na parte de baixo da tela e possui alguns atalhos de navegação e configurações.
Outra adição foi a Barra de Ação, que fica no topo de aplicativos abertos e conta com ferramentas específicas para os serviços abertos na tela.
Android 4.0 (Ice Cream Sandwich) – Interface quase definitiva
No 4.0, a interface ficou mais moderna e com vários elementos que ainda são aproveitados atualmente, além de trazer melhorias do Honeycomb para os smartphones.
O fim de botões físicos, a chegada do Google Chrome como opção de navegador e o ícone que permite o acesso às miniaturas de todas as abas abertas são as novidades mais consideradas pelos usuários, destacadas inclusive na análise que o Baixaki fez na época do lançamento.
Android 4.1/4.2/4.3 (Jelly Bean) – Google Now
A Jelly Bean durou três versões e também ganhou uma série de novos conteúdos. Nosso destaque? Logo na primeira atualização, ele marcou o início da guerra entre assistentes pessoais, já que foi aqui que surgiu o Google Now.
Esse tipo de pesquisa era capaz não só de responder dúvidas, mas também de exibir informações de contexto, baseando-se em pesquisas e interesses prévios do usuário. Às vezes, ele indica tantas coisas com precisão que você até acha que ele está lendo os seus pensamentos.
Android Lollipop (5.0) – Material Design
O Lollipop demorou até ser revelado (antes, era conhecido como Android L), o que só deixou os usuários mais ansiosos para a interface renovada. Trata-se do conceito "Material Design", um estilo visual que traz uma cara renovada e unificada ao sistema operacional.
Ele modificou a estrutura dos apps da Google, deixando cada um com uma cor própria, simplicidade misturada com personalização e a sensação de profundidade na tela. As animações ficaram fluidas e realistas, como se você estivesse alternando entre folhas de papel.
Aparelhos
HTC Dream/T-Mobile G1
Lançado em outubro de 2008 (nem parece, mas foi há seis anos!), esse celular foi o primeiro Android comercialmente disponível. A concorrência na época era pesada, já que os feature phones (celulares comuns) ainda dominavam o mercado junto com o Symbian e o BlackBerry. O iPhone, ainda novo, deslumbrava pelas inovações. Quer ficar assustado com as configurações "top de linha"? A tela de 3,2" tinha resolução de 320x480 pixels e o processador era de 528 MHz.
Motorola Milestone
O primeiro smartphone com Android 2.0 mostrava que a Motorola, uma das fabricantes tradicionais de celulares, estava disposta a manter a boa fase. O Milestone (ou Droid, como foi lançado em outros mercados) tinha um teclado QWERTY deslizável, uma tela considerada grande para 2010 (3,7") e um Beta do ainda inédito Google Maps mobile.
Google Nexus S
Esse dispositivo tem uma importância histórica inegável: foi o primeiro da linha em parceria com a Samsung, além de inaugurar o Android 2.3 (Gingerbread) — e a tradição de que essa família de aparelhos serve também para inaugurar um novo sistema operacional. Ele foi lançado no fim de 2010.
Motorola Xoom
Ele já está extremamente datado, mas foi o primeiro tablet lançado com o Android Honeycomb. Lançado em 2011, concorreu diretamente com o iPad e era visto como uma alternativa a quem não era fã de carteirinha da Apple. O diferencial do Xoom, além do novo sistema operacional, estava em docks personalizados que atuavam como alto-falantes e carregadores.
Galaxy Nexus (X)
Segundo fruto da parceria entre Google e Samsung, foi o primeiro a rodar o Ice Cream Sandwich. A tela Super AMOLED de 4,7" (720x1280 pixels) era um dos destaques do modelo, considerado de elite quando foi lançado. Logo em seguida, entretanto, o Galaxy S3 chegou e canibalizou o mercado. No Brasil, o nome virou Nexus X por conta de uma disputa judicial.
Samsung Galaxy S3
A Samsung é uma das maiores responsáveis pela popularização do Android, mas foram só alguns aparelhos que realmente marcaram época. O Galaxy S3 marcou por conta do altíssimo volume de vendas, ultrapassando as 50 milhões de unidades comercializadas. Por um trimestre inteiro, ele chegou até a passar o iPhone 4S, que era a versão atual em maio de 2012. Ele foi essencial para garantir à Google um mercado especialmente nos Estados Unidos.
Nexus 5
Em outubro de 2013, a Google lançou em parceria com a LG o Nexus 5. A sul-coreana já havia fabricado o anterior, Nexus 4. A ideia era a mesma: especificações de alto nível, preço mais acessível e o sistema operacional “puro”. Hardware, design, tela – tudo foi elogiado em nossa superanálise, que teve como único ponto negativo a bateria. O preço no Brasil também não era dos mais atrativos, mas isso já era esperado, não é mesmo?
Nexus 7
O tablet Nexus 7, fabricado pela Asus em parceria com a Google, marca a estreia do Android Jelly Bean (4.1), sendo ainda o primeiro da linha inteira que não é um smartphone. É o sucessor espiritual do Xoom no mercado: a Samsung até lançou outros tablets, mas foi este que virou o grande desafiante do iPad na categoria.
Google Nexus 6/Nexus 9
Nexus 6
Os dois primeiros dispositivos que rodam o Android Lollipop são de duas fabricantes diferentes: a Motorola fez o smartphone, enquanto a fabricação do tablet é da HTC. As especificações técnicas são de topo e, desta vez, os preços foram tão acessíveis quanto o esperado.
Nexus 9
O Nexus 6 fica naquela tênue linha entre o smartphone e o phablet. Já o Nexus 9 busca um público que está atrás de um tablet com uma tela um pouco maior que a do Nexus 7. Além de estrear o sistema operacional, eles contam com especificações técnicas de ponta e prometem balançar o mercado. Só por isso, eles já entraram para a história do Android. O que será que devemos esperar do futuro?
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