Fonte da imagem: Apple / Divulgação
Depois de nove meses de domínio absoluto e competição ignorada, o Apple iPad finalmente começa a encontrar concorrentes em condições de tomar espaço no mercado. Samsung, Dell, ASUS, Toshiba e RIM – a única a não usar o Android – lançaram recentemente seus modelos de tablet, sendo que alguns devem chegar ao mercado nacional em breve.
O visual dos tablets varia pouco, sendo o tamanho a principal diferença entre os modelos. Como você pode conferir na tabela abaixo, até mesmo as configurações de cada equipamento são bastante próximas.
Para facilitar a escolha – mesmo que apenas em sonhos, já que alguns destes aparelhos não estão disponíveis para o mercado brasileiro –, o Baixaki procurou um pouco mais de detalhes sobre os principais concorrentes do iPad.
A “Prima Donna” do Android
O Samsung Galaxy Tab é considerado pela imprensa especializada como o principal concorrente do iPad, e no Brasil será o único tablet disponível no marcado além do aparelho da Apple. Ambos devem chegar às lojas a tempo para as festas de fim de ano, e farão parte das listas de presentes de praticamente qualquer geek.
Fonte da imagem: Samsung / Divulgação
A principal diferença do dispositivo coreano em relação ao tablet de Steve Jobs – além do Android – é o tamanho. Com três polegadas a menos de tela, o Galaxy Tab é mais leve e confortável para usar, deixando a digitação mais agradável do que no aparelho da Apple.
A tela do Galaxy Tab também é destaque. Apesar das menores dimensões, a densidade de pixels na tablet da Samsung garante textos mais nítidos mesmo em tamanhos reduzidos. Com isso, melhora a condição de leitura de e-books e de navegação na web.
Em termos de software, o portátil conta com o Android Market como principal fonte de novos aplicativos, porém como ainda não existe uma edição do Android específica para tablets, alguns programas podem ser apresentados com tamanhos de smartphone por não se adaptar corretamente à tela consideravelmente maior.
Como nem tudo é perfeito, um dos principais problemas do Galaxy Tab é a impossibilidade de recarregar o aparelho através de uma porta USB. Quando conectado a um computador, o tablet não vai perder carga, mas também não recupera a condição da bateria apenas pela USB.
Poder compacto
O formato diferenciado do Dell Streak causa alguma estranheza em quem admira os tablets mais conhecidos. Grande demais para ser apenas um smartphone, mas pequeno demais quando comparado com outros “slate PCs”, o Streak lembra bastante um PMP. Felizmente, o aparelho é muito mais do que um simples reprodutor de mídia.
Fonte: Dell / Divulgação
A ergonomia do Streak é um dos destaques do dispositivo, sendo confortável tanto na vertical durante uma chamada telefônica, por exemplo, quanto na horizontal, ao navegar na internet ou assistir a um vídeo.
No exterior, a Dell ainda vende o Streak com a versão 1.6 do Android, porém a atualização OTA (“Over the Air”, direto no aparelho) para o 2.2 Froyo é possível e deve ser realizada em breve. No Brasil, tudo indica que os aparelhos já sairão da loja com a mais nova versão do sistema operacional.
Apesar de já estar disponível há algum tempo no mercado, o Streak ainda apresenta alguns probleminhas, como o teclado virtual com um teclado numérico e a qualidade sofrível da câmera, mas para quem prefere carregar o mínimo de eletrônicos possível, o aparelho da Dell é uma opção interessante.
Vale comentar que – na opinião do Baixaki – o principal competidor do Streak não será um tablet, e sim o Nokia N900, que segue a mesma filosofia de incluir em um aparelho mais poderoso as características de um smartphone.
Livro de jogos corporativo?
A marca BlackBerry sempre foi associada principalmente a dispositivos de uso corporativo, sérios e eficientes. Assim, causa um pouco de estranheza a escolha do nome PlayBook – que pode ser traduzido livremente como “livro de jogos” – para o tablet desenvolvido pela canadense RIM.
Fonte da imagem: RIM / Divulgação
Apesar do formato semelhante ao de outros tablets, pode-se dizer que o PlayBook é o dispositivo mais diferente entre os mencionados neste artigo graças ao QNX, sistema operacional desenvolvido especialmente para o aparelho.
Uma das principais vantagens do tablet BlackBerry em relação aos seus concorrentes – iPad e Galaxy Tab inclusos – é o hardware. A memória de 1 GB permite que o PlayBook renderize vídeo em HD 1080p e mantenha outros aplicativos em execução, como visto no anúncio do aparelho canadense.
Além disso, como a plataforma de funcionamento do PlayBook é baseada no Adobe Air, é bastante provável que desenvolvedores já acostumados com as linguagens Adobe preparem software para o tablet, compensando assim a falta de um Android Market no dispositivo.
Por ainda não ter sido lançado no mercado, nem mesmo ter uma previsão de preço, o BlackBerry PlayBook é uma opção para quem não tem pressa em obter um tablet, já que, quando for lançado, suas configurações hoje acima da média já estarão provavelmente equilibradas com o cenário geral.
O “iPad com Android”
Tela de 10,1” e uma quantidade limitada de opções fazem com que o Toshiba Folio seja ao tablet mais próximo do aparelho da Apple. Apesar de mais pesado – 760 g contra 680 g do iPad – que o dispositivo de Cupertino, a escolha entre o Folio e o iPad provavelmente será feita a partir de preço e preferências pessoais entre iOS e Android.
Algumas características do tablet japonês podem convencer, entretanto, compradores com necessidades mais específicas. Além dos 16 GB de armazenagem interna, o aparelho conta com um leitor de cartões SD com capacidade para até 32 GB de espaço, o que pode facilitar a vida de quem utiliza vários gadgets, como câmeras digitais, no dia a dia.
Com duas portas USB – uma para carregar o aparelho e conectá-lo a um PC e outra para importar dados de câmeras e outros gadgets – e uma saída HDMI, consumidores de mídia têm motivos de sobra para preferir o Folio ao iPad. Outra vantagem é a existência da câmera frontal para videoconferência, inexistente no aparelho da Apple.
É só isso?
Tablets mencionados neste artigo são apenas aqueles com maiores chances de competir no mesmo patamar do iPad. Porém, outras opções existem, cada uma com particularidades, vantagens e desvantagens próprias.
Ainda no Android
A francesa Archos tem opções de tablets com telas de 7 e 10 polegadas usando a plataforma Google, assim como fabricantes menos conhecidos como a Huawei e a ZTE, por exemplo.
Fonte da imagem: Archos / Divulgação
Um dos concorrentes mais esperados vem da empresa que, de certa forma, deu origem à correria dos netbooks, a ASUS. O Eee Pad trocou o Windows 7 pelo Android e deve ser lançado no começo de 2011. Segundo a fabricante, o Eee Pad terá modelos com 10” e 12” de tela, sem previsão de preço.
Outras plataformas
Windows 7, distribuições Linux diferentes do Android e sistemas proprietários também fazem parte do cenário dos tablets, porém em menor escala.
Fonte da imagem: Dell / Divulgação
HP e Dell são os principais advogados do sistema da Microsoft em tablets. Enquanto a HP investe na Slate 500 – talvez até aproveitando o conhecimento obtido com a compra da Palm – a Dell marca presença com um netbook conversível, o Inspiron Duo, que deve chegar ao Brasil no começo de 2011.
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A primeira coisa que deve ser dita é que um tablet não é o tipo de equipamento de que qualquer pessoa tem necessidade. Claro que esses dispositivos são bacanas, mas a probabilidade – em curto prazo – de um desses gadgets substituir completamente um computador normal é bastante baixa.
Feita esta ressalva, os tablets continuam a chamar a atenção e alguns até mesmo poderão ser comprados em reais, nas lojas de eletrônicos e informática do país. Qual dessas opções satisfaz sua necessidade e consegue levar seu tempo e seu dinheiro?