(Fonte da imagem: Reprodução/Bol )
Suporte a telas sensíveis ao toque era algo que não fazia parte do sistema operacional Android antes de a Apple revelar o primeiro iPhone em 2007. A última disputa legal entre a Samsung e a Apple trouxe novas revelações sobre a história do SO da Google, informações vindas do — altamente confidencial — Requisito Funcional de Software Android, de 6 de julho de 2006.
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O documento, feito com intuito de informar os fabricantes de hardware sobre a plataforma, diz explicitamente que o Android na época exigia um teclado numérico físico e não oferecia estrutura necessária para funcionar em aparelhos com telas touch.
“Telas sensíveis ao toque não serão suportadas”, escreveu a Google no documento de especificação para dispositivos Android. “O produto foi desenvolvido tendo como hipótese o uso de discretos botões físicos. No entanto, não há nada essencial na arquitetura do produto que impeça o suporte a telas touch no futuro.”
Revendo conceitos
Em apenas um ano, houve uma alteração de curso na descrição proposta pelo documento. O mesmo evoluiu da versão 0.91 para ser finalizado na 1.0. Ali, o requisito funcional do Android sofre uma mudança drástica.
O artigo 3.11.2 do Requisito Funcional de Software Android versão 1.0, de 10 de novembro de 2007 diz o seguinte: “Uma tela sensível ao toque para navegação digital — incluindo capacidades multitouch — se faz necessária. A navegação com caneta Stylus não é suportada.” Obviamente, esta transformação acontece apenas após o lançamento oficial do primeiro iPhone da Apple.
(Fonte da imagem: Reprodução/Phone Arena)
Esses documentos iniciais do Android mostram muitos detalhes extremamente curiosos, como o fato de o sistema ter sido planejado para usar o sistema de arquivos da Microsoft FAT32. Isso, mais tarde, poderia causar diversos problemas legais para as empresas fabricantes de hardware e forçá-las a pagar enormes quantias de impostos de licenciamento.
Ambas as versões do documento citadas aqui podem ser conferidas nos links a seguir — lembrando que estão em inglês, idioma original no qual foram redigidas: versão de 2006 e versão de 2007.
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