Estou de olho em você! (Fonte da imagem: Divulgação/Google)
Nos últimos anos o sistema Android saiu do anonimato para se transformar, de forma praticamente meteórica, no sistema operacional móvel mais utilizado em todo o planeta. Se no começo o sistema iOS e os iPhones eram unanimidade, agora é o robozinho da Google que domina o mercado, estando presente em mais de 80% de todos os smartphones do mundo.
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O crescimento do Android foi rápido – assim como a adoção dos telefones inteligentes, que nem existiam 10 anos atrás – contudo, isso não significa que o caminho tenha sido fácil e sem percalços. Ele foi, na verdade, bem comprido, afinal de contas, ao longo do tempo, diversos boatos e “opiniões” padronizadas surgiram para denegrir a imagem do sistema operacional.
Não que alguns fatos não fossem verdade, porém é preciso destacar também toda a evolução que o Android apresentou nos últimos anos. De um sistema fragmentado de forma ruim e cheio de bugs, ele passou a se mostrar sólido e cada vez mais cheio de recursos. Confira, então, seis mitos (e fatos) desmistificados sobre o Android.
1. Extremamente fragmentado
A fragmentação do Android entre os diversos dispositivos e marcas de eletrônicos diferentes é algo bastante criticado no mundo da tecnologia. Para quem não sabe, esse termo é utilizado para “descrever” a distribuição de diferentes versões do sistema operacional nos vários aparelhos disponíveis no mercado.
Jelly Bean já é a versão mais popular (Fonte da imagem: Reprodução/Telemoveis)
Muita gente critica o fato de que há uma grande quantidade de dispositivos com opções muito antigas do SO, algo que pode causar problemas, como incompatibilidade de novos aplicativos ou mesmo a ausência de recursos e velocidade de funcionamento.
Sim, a fragmentação tem sido um problema no mundo do Android; contudo, tanto a Google como também os fabricantes de smartphones vêm encontrando maneiras de combater o problema. De acordo com a companhia, mais da metade de dispositivos que rodam o SO possui alguma versão Jelly Bean instalada.
Assim, as distribuições 4.1, 4.2 e 4.3 somariam ao todo 52,1% dos aparelhos Android. Vale lembrar que a pesquisa foi realizada antes do lançamento do Android KitKat. Além disso, outra informação que merece destaque é o fato de que até, alguns meses atrás, a edição Gingerbread era a mais popular.
Hummm, jujubas! (Fonte da imagem: Reprodução/Pplware)
Por fim, um ponto interessante destacado por alguns analistas também pode ser lembrado: o fato de que as versões antigas do Android possibilitam também o desenvolvimento de aparelhos com hardware mais barato – o que deixa os smartphones mais acessíveis a públicos com menor poder aquisitivo.
2. Você VAI pegar um vírus
Não, se você não se arriscar, dificilmente você acabará pegando algum tipo de malware com seu aparelho Android. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, infectar o aparelho com algum vírus é bem mais difícil do que fazer isso nos computadores.
Opções não faltam para que você se sinta mais seguro (Fonte da imagem: Reprodução/Baixaki)
Apesar de existirem milhares de aplicativos para o sistema operacional, a Google tenta manter um controle um pouco mais rígido sobre aquilo que é oferecido na loja oficial de aplicativos do Android. É claro que mesmo assim pode haver exceções – inclusive, vez ou outra nós acabamos “pescando” algum app malicioso em testes do Baixaki –, entretanto, basta que você siga algumas regras simples de “boa conduta” para não se preocupar.
Você não deve, por exemplo, utilizar programas totalmente desconhecidos e que você baixou de lugares que não sejam a Google Play. Além disso, utilize o bom senso e não saia clicando em links estranhos enquanto navega na internet. Por fim, se achar necessário, baixe algum dos renomados antivírus que contam com versões para Android.
3. Gerenciadores de tarefas e otimizadores são obrigatórios
Muita gente que comprou um Android nos últimos tempos deve ter ouvido de alguém: “Se prepare para baixar um gerenciador de tarefas e um programa para cuidar da sua bateria”. Isso porque há quem acredite que para manter a performance do aparelho é preciso ficar constantemente fechando os programas que ficam rodando em segundo plano.
Isso não é verdade, principalmente nas versões mais recentes do sistema operacional, que lidam muito melhor com as ferramentas multitarefas. Assim, se você ficar forçando o fechamento de programas, provavelmente acontecerá o oposto do que você deseja, ou seja, o sistema consumirá mais energia para ter que fechar e abrir aplicativos mais constantemente.
4. Mas que aparelho complicado!
Um dos grandes mitos sobre o sistema operacional seria o fato de que ele é complicado e que a curva de aprendizado para conseguir operar um gadget Android é muito maior do que aquela a ser “percorrida” por quem adquire um aparelho que utiliza outro SO.
Atualmente comentar algo do tipo é algo até ofensivo para uma pessoa que está comprando um novo eletrônico. Como bem lembra o Android Authority, hoje em dia as interfaces principais dos sistemas operacionais móveis são extremamente parecidas, de forma que dificilmente alguém encontra tanta dificuldade e diferença na usabilidade básica de um smartphone com Android ou com iOS.
Além disso, vale destacar também que o sistema da Google é que tem mais penetração em mercados diferentes, ou seja, ele vem conseguindo agradar a diferentes perfis de público utilizando basicamente a mesma fórmula para todos eles.
5. O Android trava mais
Outra grande discussão envolvendo os dispositivos móveis gira em torno da estabilidade dos sistemas operacionais. E o fato é que realizar afirmações contundentes a esse respeito, pelo menos no mercado atual, é algo extremamente complicado.
Um exército cada vez maior! (Fonte da imagem: Reprodução/Epsilon Creations)
Isso porque tanto Windows Phone como Android e iOS chegaram em estágios já maduros de desenvolvimento, apresentando um funcionamento uniforme e muito semelhante no que diz respeito à utilização “básica” dos aparelhos.
Além disso, vale ressaltar que pesquisas, avaliações e até mesmo comparações entre os sistemas operacionais pipocam na internet quase que diariamente. E algo que é tão frequente quanto esses artigos é o fato de que eles se contradizem quase que o tempo todo. Se em um o Android é mais estável, logo você encontra outro falando que o iOS é muito mais confiável que o seu principal concorrente.
Assim, a verdade é que um bom aparelho Android apresenta um comportamento muito semelhante a qualquer Lumia ou iPhone que pertençam à mesma categoria. Aqui, hoje em dia, o que vale mesmo é a experiência pessoal de cada um, levando em conta o que se busca em um novo portátil.
6. O Android é totalmente aberto
Uma das razões de o Android ter a má fama de ser facilmente invadido por malwares é o fato de ele ser um sistema aberto. Sim, o Android é aberto, mas não da maneira como as pessoas imaginam que ele seja.
O Android é nosso! (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
Apesar de ser baseado no sistema Linux, o SO criado pela Google é recheado de restrições. Inclusive, a cada nova atualização lançada, novas regras e bloqueios são implementados pela companhia para deixar alguns aspectos do sistema operacional padronizados.
Isso inclusive desagrada alguns fabricantes, afinal de contas, quase todos gostam de inserir mudanças e particularidades que deixem os seus aparelhos com diferenciais importantes para vencer a concorrência.
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