A Google é uma das empresas mais engenhosas de que se tem notícia atualmente. Com os anúncios de novos serviços e aplicativos em 2009, fez o mundo voltar os olhos cada vez mais para o que ela trará pela frente. O ano de 2010 também começa com a corda toda e as notícias – especialmente rumores – é o que agitam o mercado nos últimos dias.
A novidade que vem animando os maníacos por tecnologia e os “Google-fanboys” é a nova tecnologia de tradução simultânea de conversas por telefone. A mágica toda vem acompanhada do charme do sistema Android, lançado recentemente.
A ideia é fazer com que uma “nova Babel” nasça – mas sem o idioma único. Em vez de apenas transmitir voz, o sistema de tradução em tempo real interpreta os sons e os traduz para a língua do ouvinte, que por sua vez vai falar algo que será traduzido também.
Atualmente, a plataforma de tradução de texto do Google é bastante ampla. São 52 idiomas suportados – incluindo o Haitiano e Creole – disponíveis para conversão livre em qualquer segunda língua.
Porém, como todos nós já sabemos, existem falhas. É impossível exigir que um tradutor automático consiga atingir com perfeição todas as regras gramaticais de um idioma especialmente detalhista e cheio de exceções como o português.
Outro produto que faz bastante sucesso é o sistema de busca por voz do Google, que permite que o usuário literalmente diga o que deseja encontrar no banco de dados enquanto executa qualquer outra tarefa. Isso só reforça a ideia de que o mercado tende se voltar cada vez mais para o mercado da telefonia móvel e obviamente, da internet móvel.
Entretanto, as falhas de tradução são corrigidas ao longo do uso dessa ferramenta. É quase como ensinar as primeiras palavras a um bebê – com o tempo ele aperfeiçoa sua habilidade de expressão e aos poucos consegue formar frases perfeitas. Isso acontece graças ao sistema que o Google implanta, responsável por encontrar padrões de língua em outros sites em vez de basear-se apenas em regras gramaticais “duronas”.
Mesmo assim, existem sotaques muito diferentes. Basta pensarmos em dois tipos de conversa. O exemplo A é a conversa de um brasileiro do Rio Grande do Sul com um americano do Texas. O exemplo B ainda mantém as nacionalidades, mas o brasileiro é do Recife e o americano do Alabama. Os sotaques podem interferir bastante na tradução que será feita pelo software do Google.
Como funciona?
O tradutor instantâneo da Google funcionará tal qual um intérprete humano. Antes de fazer qualquer tentativa de tradução, ele deve ouvir primeiro e analisar pacote por pacote, frase por frase, palavra por palavra. Depois de ter comparado os padrões e significados, ele é capaz de retransmitir a mensagem traduzida para o idioma do interlocutor.
Como se trata do seu telefone pessoal, ele deverá se adaptar à sua voz e ao seu jeito de falar. Portanto, logo que os sistemas de reconhecimento de voz planejados pelo Google saírem do papel, veremos algo muito diferente do que existe hoje. Atualmente, nenhum sistema é capaz de interpretar sons com a sensibilidade e precisão que este projeto visa.
Ainda sem nome definido, o projeto de tradução simultânea do Google ainda vai dar muito o que falar, afinal está em fase de desenvolvimento e, por enquanto, não há nenhuma data para anúncio do que realmente envolve transformar inglês em japonês e espanhol. Por isso, precisamos de um pouco mais de paciência e aguardar as novidades à medida que elas vão aparecendo. O que mais o Google vai inventar para o cotidiano?
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Até a próxima!