Sistema de bloqueio de tela do Android não pôde ser quebrado pelo FBI (Fonte da imagem: CNET)
Dante Dears, de San Diego, foi preso em 2005, acusado de ser cafetão e de aliciar menores de idade em um abrigo para pessoas que não têm onde morar. Depois disso, Dears foi solto e acabou voltando para a prisão, sendo liberado pela última vez em maio de 2011. O problema é que, mesmo depois de todas essas visitas ao “xadrez”, Dears não deixou de lado o crime, e a polícia desconfia que ele continua agenciando garotas pelo telefone.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Durante a investigação, Dears negou ter um celular, mas foi exatamente isso que o FBI encontrou em sua casa. Obviamente, os federais não acreditaram na desculpa de que o smartphone com Android encontrado era, na verdade, da irmã de Dears. O FBI conseguiu, na justiça, o direito de vasculhar o conteúdo do celular atrás de provas contra Dears, porém, esbarrou em um obstáculo: não conseguiu descobrir o padrão que desbloqueia a tela travada pelo Android.
FBI pede ajuda à Google
Por isso, o FBI agora pede à Google que não apenas forneça acesso ao smartphone, como também aos emails, mensagens, histórico de navegação e dados de tracking do GPS. Aparentemente, os técnicos responsáveis pela investigação erraram tantas vezes o padrão configurado por Dears que, agora, o telefone só pode ser operado com o login e senha do perfil do cafetão no Google. E é claro que o criminoso se recusa a colaborar.
O especialista em segurança e privacidade, Christopher Soghoian, achava que o assunto não seria resolvido tão facilmente. De acordo com ele, um celular bloqueado continua recebendo emails e mensagens de texto e, portanto, alguém poderia argumentar que o governo precisa de uma autorização de grampo telefônico antes de desbloquear o aparelho.
Entretanto, um juiz norte-americano garantiu o direito ao FBI no mesmo dia em que recebeu a solicitação dos federais. Enquanto isso, de acordo com o Ars Technica, a Google ainda não se pronunciou sobre o caso.