A história das reclamações da Apple de que suas rivais fabricantes de aparelhos Android estariam plagiando o design de seus iPhones não é algo novo e remonta aos primeiros Galaxy S trazidos ao mundo pela Samsung. Independentemente de quantas empresas seguiram esse caminho copiando traços dos equipamentos da Maçã, no entanto, as coisas parecem estar gradualmente mudando – e a direção em que as novidades caminham parece ser promissora.
A recente revelação do Huawei P9, o mais novo top de linha da fabricante, vem para adicionar força a uma nova onda de aparelhos vindos da China que não se resumem a imitar os dispositivos da Apple em todos os detalhes possíveis. O Mi5, da Xiaomi, serve como exemplo de um tipo de rivais que podem ser bem mais perigosos para o reinado da empresa de Cupertino, capazes de criar seus próprios designs atrativos e premium.
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Embora muitas companhias aparentemente continuem seguindo a cartilha da Maçã como se fosse um texto religioso – caso da Oppo, com seu F1 Plus, e da Meizu, com o Pro 5, por exemplo –, as investidas recentes das fabricantes citadas mais acima demonstram uma nova realidade para a indústria. No concorrido mercado atual, as rivais da Apple parecem ter reconhecido o quão essencial é o desenvolvimento de um design próprio de alta qualidade.
Investir para inovar
Para chegar ao resultado que podemos ver no Mi 5, a Xiaomi demorou dois anos. A Huawei, por sua vez, superou os gastos da Maçã em pesquisa e desenvolvimento em mais de US$ 1 bilhão em 2015, dinheiro investido na criação de inovações técnicas de longo prazo. O resultado é que o P9 pode até ter uma construção metálica similar à do iPhone, mas tanto a sua sensação quanto o visual são fáceis de distinguir.
Nesse sentido, é possível dizer que o ato de imitar a Apple passou por uma evolução e se tornou algo menos literal, com as rivais lutando para copiar a essência do sucesso da empresa de Cupertino. Em vez de plagiar, elas parecem ter decidido emular o comportamento da Maçã, seja por meio de integração entre software e hardware (caso da Huawei, com o desenvolvimento interno de seu processador), associações positivas de marca e atratividade visual.
Todo mundo ganha
Esse desenvolvimento é inegavelmente positivo para a indústria como um todo. É fácil notar como a Huawei deixou de copiar o estilo da família Xperia Z da Sony e definiu o seu próprio. A empresa está buscando a liderança tecnológica por meio de sua configuração única de câmera, que não se trata de simples “confeitaria” e busca realmente melhorar o contraste, a absorção de luz e a qualidade geral das fotos tiradas.
Muitos testes serão necessários antes de podermos falar se a fabricante conseguiu realmente tirar essa ideia do papel e transformá-la em algo verdadeiramente inovador para a fotografia nos celulares, mas o conceito faz sentido. Mais do que isso, a atitude demonstra a ambição da Huawei de tomar a dianteira e deixar de simplesmente seguir a liderança alheia – tudo isso sem que o P9 tenha qualquer protuberância desagradável nas suas câmeras traseiras.
Além de tudo isso, não podemos deixar de lado o exemplo da Samsung, que recentemente atraiu atenção com os excelentes designs dos Galaxys S7 e S7 Edge, os aparelhos mais bonitos já feitos pela gigante. Somando-se à coreana, os novos aparelhos das chinesas mostram a determinação das empresas em se tornarem marcas realmente globais, algo que requer tecnologia e design realmente diferenciados.
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