Com as preparações de João Rezende para deixar a presidência da Anatel, o homem, que está entre os mais odiados do Brasil nos últimos meses por suas decisões polêmicas, entregou um relatório aos jornalistas com o balanço de toda a sua gestão – que é a mais longa da história do órgão. As informações, por sua vez, apontam algo bastante animador: atualmente, apenas 300 municípios no país sofrem com uma qualidade de serviço celular crítica.
Parece algo preocupante? Certamente. Mas isso é muito melhor do que havia até um ano atrás, quando o número era quatro vezes maior, com 1,2 mil cidades no Brasil apresentando indicadores críticos desse serviço. Vendo por esse lado, é um resultado até mesmo surpreendente.
Vai melhorar – de qualquer jeito
Segundo o site Telesíntese, as mudanças pelo país seriam resultado de duas medidas cautelares expedidas por Rezende através de sua gestão; ambas feitas com o objetivo de obrigar as operadoras a melhorarem a qualidade de seus serviços.
A primeira delas foi estabelecida em 2012, quando o figurão suspendeu a criação de novas linhas de celular até que as empresas apresentassem melhorias em sua qualidade de sinal. Como resultado, foi impossível criar novas linhas por nada menos do que 11 dias, mas houve alguns resultados notáveis, na época.
Visto que o aumento de qualidade não foi suficiente, porém, Rezende expediu uma segunda medida em 2015, que veio para estabelecer padrões mínimos de qualidade a serem cumpridos pelas operadoras. Como você pode ver, o resultado foi enorme, conseguindo reduzir o número de cidades com péssimos níveis de conexão em 75% no prazo de apenas um ano – e vamos torcer que o número continue diminuindo assim.
Isso não quer dizer, é claro, que os problemas tenham acabado, nem que o público vá perdoar o futuro ex-presidente da Anatel por apoiar os limites de franquia da internet fixa. Mas ao menos é um pequeno motivo para comemorarmos.
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