Mass Effect 3 encerra a trilogia estrelada pelo capitão Shepard e a equipe da espaçonave Normandy. Mesmo após os diversos alertas do herói, nada foi feito para evitar que os poderosos Reapers chegassem à Terra e iniciassem a destruição do planeta.
O herói deverá recrutar novos e antigos aliados para tentar convencer as diferentes raças da galáxia a se unir contra um inimigo em comum. Suas decisões precisam ser rápidas: o destino da existência está jogo, e somente você é capaz de evitar um novo ciclo de extinção em massa.
O BJ testou a mais nova produção da BioWare e traz logo abaixo a análise completa do título. Confira nossas impressões e não deixe de registrar sua opinião em nossa seção de comentários.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Aprovado
Ritmo alucinante
A BioWare parece ter escutado todas as críticas feitas aos capítulos anteriores da franquia enquanto desenvolvia Mass Effect 3. É difícil encontrar algum critério que não tenha sido aprimorado pelo menos de forma superficial.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Isso é provado pela história, que se desenvolve em uma velocidade muito mais rápida que antes: em questão de poucas horas você já vai ter presenciado a destruição da Terra, passado por Marte e conversado com o conselho alienígena da Citadel.
Uma apresentação ainda mais cinematográfica garante um ritmo alucinado ao jogo, que deixa um pouco de lado os diálogos expositivos que marcavam as versões anteriores. Um ponto notável é a introdução de cenas não interativas no meio da ação, que tornam muito mais fácil a tarefa de imergir nos ambientes e situações mostradas.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Combate aprimorado
Os conflitos do título acontecem de forma muito mais rápida do que antes, devido a aprimoramentos na maneira como Shepard e seu time se movimentam e interagem com os ambientes. Manter o protagonista protegido agora é uma tarefa muito mais fácil, devido a um sistema de cobertura aprimorado que permite trocar facilmente o posicionamento dos personagens.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Além disso, os inimigos trabalham melhor em equipe e são capazes de aproveitar suas diferentes características e superioridade numérica para destruir facilmente os heróis. Quem estava acostumado a usar as mesmas táticas e armamentos vai se surpreender ao notar a variedade de possibilidades que o game oferece.
Experiência adaptável
Seja você um grande fã de RPGs que não domina muito bem os combates ou viciado em FPS que nunca teve muita paciência para histórias, Mass Effect 3 é uma boa adição à sua coleção.
No começo da aventura, é possível escolher entre os modos Action, Story e RPG. No primeiro, os tiroteios se tornam mais desafiadores e todos os diálogos são reproduzidos como se fossem cenas não interativas. No segundo, os inimigos vão morrer com poucos tiros, o que permite que você se concentre inteiramente na trama. Já modo RPG mantém intacta a mistura entre ação e diálogos que caracterizam a série até o momento.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Essas divisões fazem com que o título seja o mais acessível de toda a franquia, permitindo que pessoas com habilidades e gostos diferentes aproveitem a mesma experiência. Sem dúvida, a iniciativa da BioWare deve inspirar outras desenvolvedoras a trabalharem em sitemas semelhantes no futuro.
Equipamentos personalizados
Entre as principais reclamações relacionadas ao segundo título da série estava o fato de que havia poucas opções de personalização. Tanto os equipamentos quanto as armas usadas durante a aventura eram limitadas a poucas opções, que contavam com poucas opções de personalização.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Mass Effect 3 muda isso ao introduzir um sistema de acessórios que permite alterar algumas características das armas equipadas. Itens espalhados pelos cenários e lojas do game permitem que você aumente a estabilidade, poder de tiro, quantidade de munição ou a velocidade de seus tiros, entre outros critérios variados.
Também foi adicionado um sistema de peso que adiciona mais estratégia à escolha de equipamentos. Quanto mais armamentos você equipa, maior o tempo que as habilidades disponíveis levam para recarregar. Dessa forma, fica a seu critério andar com várias opções de ataque ou optar por somente uma pistola para, dessa forma, poder abusar à vontade de poderes especiais.
A volta dos elementos de RPG
O sistema de evolução dos personagens foi reformulado para permitir uma maior personalização de suas habilidades. Assim que você escolhe um poder, surge um menu especial em que é possível optar por caminhos diferentes, cada um com um bônus único.
Embora não revolucione a série, a novidade faz com que a experiência se torne ainda mais pessoal. Com o sistema, dificilmente seu time vai contar com as mesmas habilidades escolhidas por outra pessoa, característica que também estimula terminar mais de uma vez os eventos dessa guerra espacial.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Modo multiplayer
Embora a inclusão de um modo para vários jogadores em um RPG pareça estranha, a BioWare incorporou o recurso de forma bastante competente. Nessa opção exclusivamente cooperativa, você assume o papel de um soldado que, junto com outras três pessoas, precisa derrotar 11 ondas de inimigos com grau de dificuldade crescente.
Além de provar que o sistema de combate funciona bem sem nenhuma história, o multiplayer também ajuda na aventura principal. Quanto mais vitórias você obtém, maior a probabilidade de conseguir recrutar os aliados de que precisa para derrotar de vez a ameaça representada pelos Reapers.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
Reprovado
Exigência de uma conexão constante
Como forma de evitar a pirataria, a Electronic Arts faz uma checagem online das informações do jogo toda vez que ele é iniciado. O problema desse sistema é que, além de levar cerca de um minuto para o processo acontecer, não é possível ter acesso aos DLCs do game caso uma conexão não esteja disponível.
Assim, não interessa se você já possui 30 horas de aventura e usou sempre a mesma plataforma: caso os servidores da companhia estejam fora do ar, é impossível ter acesso aos saves que possuem qualquer conteúdo adicional agregado. É difícil entender os motivos por traz de tanto rigor, já que isso só serve para punir quem comprou o game original.
Bugs mais perigosos que os Reapers
Apesar de o visual do título estar mais bonito que as versões anteriores, fica claro que a engine usada pela BioWare precisa ser refinada. Durante nossos testes, presenciamos falhas que, se não prejudicam a aventura, incomodam bastante os mais atenciosos.
(Fonte da imagem: Divulgação/Bioware)
A inteligência artificial dos inimigos nem sempre estabelece táticas inteligentes, e é fácil ver personagens atravessando uns aos outros. Além disso, muitos adversários mortos parecem ter verdadeiros ataques epiléticos, e não é difícil ver inimigos com a habilidade de andar no ar. Os problemas devem ser corrigidos em patches futuros, mas não deixam de ser um testemunho da falta de atenção dos desenvolvedores.
Vale a pena?
As pequenas falhas de Mass Effect 3 são esquecidas facilmente quando se leva em conta a grande qualidade da produção. De maneira surpreendente, a BioWare conseguiu tornar o jogo ainda melhor que seus antecessores, e é difícil pensar em um final melhor para a aventura de Shepard e a equipe da Normandy.
O game é capaz de agradar tanto quem acompanha a franquia desde 2007 quanto àqueles que nunca se aventuraram pela saga espacial. A produção estabelece um novo patamar de qualidade para os RPGs de ação, e desde já é um sério concorrente ao troféu de melhor lançamento de 2012.
Via BJ
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