Na manhã de sábado (27), uma “Montanha de Fogo” acordou na Indonésia: o vulcão Merapi, que fica na ilha de Java, a mais populosa do mundo, liberou nuvens quentes de cinzas pelo menos oito vezes, além de diversos fluxos piroclásticos, uma combinação de rocha, destroços, lava e gases, que chegaram a quase 2 mil metros de altura, que escorreram pelas encostas da estrutura geológica.
O monte Merapi, cuja tradução aproximada é “Montanha de Fogo”, tem 2.968 metros de altura e fica localizado próximo à antiga cidade de Yogyakarta, a cerca de 400 quilômetros da capital Jacarta. Ele é o mais ativo entre dezenas de vulcões existentes na Indonésia, e já havia entrado seguidamente em erupção em épocas recentes.
O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos do país acompanhou a atividade do vulcão, que está ativo há centenas de anos, e não registrou vítimas ou feridos. Porém, as autoridades continuam monitorando atentamente o Merapi, levando-se em conta que a região de Java é uma das mais densamente povoadas do planeta.
Vigiando a Montanha de Fogo
Fonte: Slamet Riyadi/Associated Press/ReproduçãoFonte: Slamet Riyadi/Associated Press
De olho no Merapi desde novembro do ano passado, o porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres, Raditya Jati, afirmou que “a atividade vulcânica do Monte Merapi ainda é bastante elevada na forma de erupções efusivas”, ou seja, aquelas em que a lava flui continuamente em direção ao solo.
Como há muitos moradores vivendo nas encostas do vulcão, as autoridades aconselharam que todos fiquem a pelo menos cinco quilômetros da cratera fumegante, e estejam atentos aos perigos da lava. Segundo Jati, há risco de erupções “explosivas” de até 3 quilômetros do cume, e avalanches de lava e nuvens que podem chegar a quase cinco quilômetros a sudoeste.
Toda a cautela se justifica: a última grande erupção do Merapi, ocorrida em 2010, matou 347 pessoas.
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