Ontem, a AMD divulgou seu relatório fiscal referente ao terceiro trimestre fiscal de 2015. Já era sabido que a situação da empresa não era boa, então a revelação de alguns números nem chegou a causar tanto impacto nos valores das ações.
De acordo com o documento oficial, a AMD teve receita total de US$ 1,06 bilhão no trimestre, uma queda brusca considerando o valor de US$ 1,43 bilhão do mesmo período em 2014, mas um leve crescimento sobre o segundo trimestre, quando ela marcou US$ 942 milhões.
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O problema é o prejuízo operacional foi de US$ 158 milhões (21 milhões a mais do que no segundo trimestre), enquanto que o prejuízo líquido foi de US$ 197 milhões (marcando 180 milhões a mais do que no mesmo período em 2014). O problema se agrava ainda mais se considerarmos os prejuízos em longo prazo, que somam US$ 8 bilhões nos últimos 17 anos.
Na tentativa de dar a volta por cima, a AMD resolveu vender uma parte de seus patrimônios em Suzhou (na China) e Penang (na Malásia). Segundo informação oficial, a companhia negociou 85% de suas instalações para a empresa chinesa Nantong Fujitsu Microelectronics Co Ltd, o que renderá à AMD um total de US$ 371 milhões.
Aparentemente, o prejuízo é decorrente da queda nas vendas de APUs e processadores, sendo que as APUs representaram prejuízo de US$ 65 milhões. Por outro lado, as GPUs Radeon continuam crescendo, principalmente pelas últimas unidades que trouxeram novas tecnologias. Apesar dos números preocupantes, as ações da AMD não despencaram muito, já que muitos investidores estão aguardando pelos novos chips Zen.
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