Todos os anos, vemos as empresas de processadores anunciarem suas novas tecnologias. Desta vez, o que a AMDdecidiu fazer foi um pouco além do que estamos acostumados, pois a empresa decidiu mostrar o roadmap com um destino final bem ambicioso: chegar em 2020 com APUs (processadores que integram CPU e outras funções externas, como aceleração gráfica por GPUs) 25 vezes mais eficientes — como pode ser visto no site oficial da empresa.
A meta é ambiciosa porque estamos falando em um aumento extremo do aproveitamento de energia elétrica em chips. Mas será que essa ambição é alta demais para que os engenheiros da empresa tenham que abandonar os planos na metade do caminho? Vamos descobrir como estão realmente os projetos da AMD.
Como isso pode acontecer?
O que a AMD afirma que irá fazer é diferente do que imaginamos de início. Não se trata de uma redução de 2.500% diretamente na quantidade de energia elétrica utilizada para o processamento dos dados. O que acontece é uma soma de fatores e tecnologias que levarão os processadores a esse cenário, que hoje parece existir apenas em um ambiente simulado e irreal.
Reduzir o consumo por meio de tecnologias integradas é o grande objetivo do projeto. Aceleração por GPU e utilização de arquiteturas mistas são apenas alguns dos recursos que podem ser utilizados para permitir essa interação mais proveitosa entre energia elétrica e processamento. Em breve é possível que a AMD apresente métodos de utilização de núcleos mais especializados, por exemplo.
Para as próximas gerações de processadores, ainda é esperado que exista um melhor aproveitamento das arquiteturas mistas — o que pode permitir mais poder vindo dos chips gráficos e também mais velocidade nas conexões entre as duas estruturas (CPU e GPU). Com tudo isso somado é que a AMD pode chegar à marca das 25 vezes mais eficiência na utilização de processadores. Mas ainda há mais o que ser analisado!
Aproveitamento do software
Para o site ExtremeTech, Sam Naffizger (executivo-sênior da AMD) revelou algumas questões bem interessantes. Ele disse que os sistemas operacionais ainda precisam de algumas alterações em suas estruturas para que seja possível chegar aos objetivos desejados pela empresa. Ainda é árduo o caminho para aproximar os chips do gerenciamento de energia dos SOs.
Mesmo assim, a fabricante já possui um controlador em suas APUs que garante melhor gerenciamento da energia elétrica, fazendo com que os computadores tenham mais eficiência em diversos momentos. Naffizger afirma também que isso é só o começo, pois a AMD pretende ampliar bastante esse método, garantindo cada vez mais performance.
Vale dizer que um método bem claro disso é aumentando o tempo que o SO fica inativo. Com processos menores a cada geração, os processadores conseguem carregar suas tarefas com mais rapidez e, assim, permanecem mais tempo ociosos — com o gerenciamento mencionado anteriormente isso forma uma ótima economia de energia. Ou seja, além de adicionar novos recursos aos processadores, a AMD também precisa reduzir processos e ampliar a influência dos gerenciadores.
No que isso tudo pode resultar?
Vamos fazer uma rápida soma: “processos de fabricação menores” + “melhor aproveitamento de energia” + “gerenciamento integrado entre hardware e software”. No que isso pode resultar? Acertou quem diz: mais velocidade para os processadores, estabilidade para os sistemas e economia de bateria. E vale dizer que tudo o que foi dito aqui é possível de ser realizado. Basta descobrir se a AMD vai conseguir integrar tudo isso em apenas seis anos. Qual a sua aposta?
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