Grande parte das vezes que um funcionário de cargo importante sai de uma empresa para a concorrente, uma verdadeira briga judicial se inicia para decidir o que acontecerá com as informações confidenciais que o empregado obteve durante o seu tempo de serviço. Foi exatamente isso que aconteceu recentemente com a empresa Amazon, que acabou "perdendo" o seu funcionário para a Google.
Zoltan Szabadi sofreu a acusação de violar um acordo de não concorrência, que ele supostamente assinou assim que começou a trabalhar para a Amazon. Este documento foi publicado pelo site GeekWire e pode ser conferido em PDF através deste link (em inglês). Tais termos foram criados para que as informações confidencias ficassem protegidas e não fossem utilizadas por outras empresas.
Szabadi trabalhou como gerente de parcerias estratégicas para o Amazon Web Services (AWS) durante aproximadamente seis anos. Já o seu emprego atual envolve a liderança de uma equipe de revendedores na Plataforma Google Cloud.
Briga de gigantes
Se a liminar for aprovada, o ex-funcionário da Amazon será impedido de exercer qualquer tipo de tarefa que esteja direta ou indiretamente ligada às suas atribuições anteriores, pois, segundo a ação movida pela Amazon, "Szabadi estava envolvido com a comercialização de negócios ligada à computação em nuvem da empresa, trabalhando diretamente com parcerias e revendedores, além de desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de estratégia de vendas e direção nesta área".
Ciente do acordo de não concorrência, a Google concorda em não realizar negociações com nenhuma das parcerias ou clientes com que Zoltan Szabadi interagiu durante seis meses após ser efetivado pela empresa, garantindo à gigante do e-commerce que nenhum outro funcionário da empresa seria contratado por ela neste mesmo período de tempo. Entretanto, a Amazon não ficou satisfeita com esta alegação e continuará com o processo.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a Amazon processa um funcionário que saiu da empresa para trabalhar na concorrente. Em 2012, um caso similar ocorreu envolvendo Daniel Powers, que atuava como vice presidente da AWS e passou a trabalhar como diretor de vendas da Plataforma Google Cloud. Na conclusão deste caso, o juiz negou boa parte das exigências feitas pela Amazon.
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