De todos os títulos que um chefe poderia querer, o de Jeff Bezos é o que com certeza o seu patrão tentaria ficar bem longe. O atual CEO da Amazon foi eleito na última quinta-feira (22), durante o 3º Congresso da Confederação Internacional de Sindicatos (CSI), como o “pior chefe do mundo”.
O evento conta com a participação de mais de 1,5 mil representantes de 161 países, todos que se reuniram esta semana em Berlim, na Alemanha. O título recebido por Bezos foi o resultado de uma enquete pela internet que recebeu mais de 20 mil votos para eleger os piores presidentes do mundo.
A secretária-geral da CSI, Sharan Burrow, dedicou algumas críticas que explicam a situação do chefe da Amazon. “As operações da Amazon na Alemanha tratam os funcionários como se eles fossem robôs”, explica ela. “A companhia não esconde que em alguns anos substituirá os trabalhadores por robôs.”
“Jeff Bezos representa a desumanidade dos chefes que promovem o modelo norte-americano”, aponta Burrow, lembrando que a empresa também conta com casos de evasão de taxas e condições difíceis de trabalho.
A Amazon ainda é citada no relatório pela rotina nada fácil de trabalho, apontando que os funcionários caminham cerca de 24 quilômetros por dia e precisam usar pulseiras digitais que monitoram todos os seus movimentos. Os empregados ainda são repreendidos por qualquer tipo de parada que fizerem – mesmo que para uma conversa rápida ou um descanso.
Outras menções de chefes nada agradáveis ficaram para Rupert Murdoch, presidente da News Corp., C. Douglas McMillon, do Walmart, e Jmie Dimon, do JP Morgan Chase.
Do outro lado...
Em contrapartida à situação nada agradável da Amazon, a Google foi apontada por um levantamento da Glassdor como a empresa norte-americana que oferece os melhores benefícios aos empregados. Em terceiro lugar figura o Facebook, seguido de mais dez companhias de tecnologia entre as 25 melhores colocadas.
Os salários na Google são, em média, US$ 128 mil por ano, um pouco menos que os US$ 132 mil disponibilizados pela Apple. Vale lembrar, no entanto, que a liderança da Google não é apenas pelo valor em dinheiro oferecido aos funcionários, mas também pela participação nas ações da empresa e outros benefícios dados aos empregados, como almoço gratuito e plano de saúde.
O Facebook conta com um salário médio de US$ 120 mil, enquanto a Microsoft oferece US$ 111 mil por ano. A Amazon, apesar dos problemas com a chefia, disponibiliza em média US$ 105 mil aos funcionários.
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