Os livros digitais ou e-books são mídias textuais equivalentes aos clássicos impressos a que estamos acostumados - livros, jornais e revistas. Essa nova tecnologia tem ganhado mercado e o lançamento de equipamentos que leem esses arquivos tem cooperado para tal crescimento.
Atualmente, existem diversas formas para a leitura de e-books, como os e-readers (equipamento específico para tal funcionalidade), smartphones ou softwares. Esse leque de ferramentas, sem dúvida alguma, é muito importante para a divulgação de conhecimento.
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Entretanto, existem problemas nesse contexto: nem todo aparelho ou aplicativo suporta todas as extensões dos e-books. Dentre tais formatos pode-se citar PDF, ODT e DOC (já bem conhecidos por serem extensões de documentos usuais), LIT, OPF, PDB, VBO, TXT e RB .
Outro aspecto inoportuno nesse quadro são as empresas que mantêm os direitos autorais de seus formatos de e-books. Em outras palavras, você só consegue acessar determinados formatos com o respectivo dispositivo da empresa desenvolvedora.
A padronização dos e-books
É nesse ambiente que surge, por iniciativa da IDPF (International Digital Publishing Forum) - uma associação de empresas que engloba, por exemplo, a Adobe, a Hewlett Packard e a Sony - o formato ePub.
Esta extensão é baseada na linguagem XML (uma “evolução” do HTML), livre e aberta, o que significa que qualquer pessoa consegue colaborar para o seu aperfeiçoamento. Tal fato representa o real motivo para a criação do ePub: a padronização e a democratização de acesso aos e-books.
Não é apenas a portabilidade, ou seja, a facilidade de acesso a conteúdos em diversos aparelhos, que marca as vantagens desta tecnologia. O ePub ainda possibilita o aumento do tamanho da fonte e o ajuste da dimensão das páginas de acordo com o dispositivo utilizado para leitura, adequando o e-book às necessidades do usuário. Características que dificilmente são vistas, com qualidade, em outros formatos.
Muitos dos fabricantes de e-readers ou aparelhos que possuem essa funcionalidade já estão adotando o ePub como formato padrão. O iPad, último grande lançamento da Apple, suporta a nova extensão. Por sua vez, a Amazon ainda não se sentiu motivada em adotar o ePub como formato para seu e-reader, o Kindle.
Os softwares com suporte para ePub
Apesar de o padrão de e-books ainda não ser conhecido pela maioria das pessoas, vários programas o suportam. Para os sistemas operacionais Windows, Mac e Linux existe o Calibre. O Stanza é um conhecido programa para o iPhone. Já para o smartphone Android foi elaborado o Aldiko. Se você não quer se preocupar com a plataforma do hardware utilizado, o EPUBReader é um aplicativo do browser Firefox.
A que conclusão se pode chegar?
Se o ePub vingará como padrão de formato para e-books, só o tempo confirmará. O que se pode verificar é que ele tem sido difundido e ganhado repercussão, sendo adotado por fortes empresas de tecnologia.
Fato que, no mínimo, indica qualidade e potencial da extensão. Agora é acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do ePub, esperando que a expectativa gerada não seja frustrada.