A última reunião da Alphabet com seus acionistas mostrou que a gigante da tecnologia ainda tem espaço para crescer e trazer dividendos. No relatório referente ao quarto e último trimestre de 2016, a holding, que tem sob suas asas a Google e outras empresas-irmãs, anunciou que obteve ganhos na faixa de US$ 26 bilhões (cerca de R$ 81,7 bilhões) durante o período. Além de mostrar que o final do ano passado foi substancialmente melhor do que o de 2015, isso também acabou surpreendendo diversos analistas do mercado.
O montante revelado pela companhia representa um crescimento de 22% em relação ao último trimestre do ano anterior e significa um lucro nada humilde de US$ 5,3 bilhões (quase R$ 16,7 bilhões) para os cofres da Alphabet. Esses números são bem próximos dos apresentados no terceiro quarto de 2016 e pode indicar que a escolha da marca em gerenciar melhor suas subsidiárias e apostar com mais agressividade no segmento de hardware pode ter valido bastante a pena no final das contas.
Para quem não se lembra, a organização da Alphabet é mais ou menos assim
Embora os ganhos com os lançamentos da família Google Pixel de celulares e do Google Home não sejam contabilizados separadamente, a seção a que eles foram anexados dá uma ideia do quanto sua chegada pode ter afetado o ponteiro. Sob o nome “Outras Receitas” – que também inclui as vendas realizadas por meio da Play Store –, a holding afirma ter coletado US$ 3,4 bilhões (R$ 10,7 bilhões), um valor 62% superior ao do mesmo trimestre de 2015 e cerca de US$ 1 bilhão (R$ 3,14 bilhões) maior do que o período diretamente anterior a ele.
Perdendo dinheiro de forma inteligente
Apesar de ainda operar no vermelho, o setor subiu sua receita bruta para US$ 262 milhões
Até o segmento “Outras Apostas”, que condensam boa parte das experimentações da companhia, teve uma espécie de recuperação no ano passado. Isso porque, apesar de ainda operar no vermelho, o setor subiu sua receita bruta para US$ 262 milhões (R$ 823 milhões). Adicionalmente, uma série de decisões pode ter amaciado possíveis perdas. Os projetos de carros autônomos, por exemplo, ganharam sua própria empresa, a Waymo, que continua a testar a sua capacidade junto a veículos da Chrysler.
Outras empreitadas não tiveram tanta sorte, como é o caso do Project Wing, que teve seus drones de entrega colocados em suspensão indeterminada, do Project Titan, que foi cancelado definitivamente, e do Terra Bella cujo sistema de captura de imagens em tempo real via satélite foi colocado à venda. E aí, como será que a Alphabet se sai em 2017? Será que depois de ser fundada em agosto de 2015 a holding está finalmente começando a dar os resultados esperados? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.
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