Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, está trabalhando atualmente em uma forma de trazer para os tempos atuais o braille, sistema de escrita usado por deficientes visuais criado no começo do século 19. Eles estão tentando desenvolver um mecanismo que use ar ou líquido para erguer pneumaticamente os pontos em um dispositivo com o tamanho aproximado de um tablet.
Isso permitirá que um deficiente visual possa não apenas ler com mais agilidade, mas também visualizar através do tato outras formas além de letras e números, como gráficos ou partituras musicais. Os dispositivos disponíveis hoje no mercado normalmente mostram apenas uma linha de texto de cada vez, o que, além de ser cansativo, é também muito caro. Um desses custa entre US$ 3 mil e US$ 5 mil (R$ 12,1 mil e R$ 20,2 mil, respectivamente).
Aparelhos com mais linhas até já existem, mas chegam a custar mais de US$ 55 mil (cerca de R$ 222 mil). A solução que está sendo desenvolvida pelos pesquisadores americanos, apesar de provavelmente só ganhar uma versão comercial daqui a pelo menos mais um ano e meio, deve sair por menos de US$ 1 mil (cerca de R$ 4 mil). Uma iniciativa semelhante existe em Viena, na Áustria, onde uma startup liderada por três búlgaros está trabalhando também em uma espécie de tablet para leitura de braille.
As duas equipes de desenvolvedores esperam que mais pessoas voltem a se dedicar ao aprendizado do código, uma vez que menos de 10% das crianças que nascem cegas ou com visão reduzida atualmente estudam braille. Na década de 1960, por exemplo, esse número girava em torno de 50% e 60%. A produção de obras literárias adaptadas para esse sistema de escrita também sofreu um grande declínio por causa dessa redução drástica no número de pessoas capazes de utilizar o braille.
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