Flame Wars: guerras inflamadas, em português. Possui esse nome em decorrência dos humores de todos aqueles que participam destas batalhas ideológicas no mundo da tecnologia. Elas se dão em várias frentes, sendo geradas por fãs desta ou daquela marca, deste ou daquele tipo de equipamento e assim por diante.
Fóruns da internet são recheados destas guerras. O Orkut também é um ótimo local para se encontrar discussões assim. Você se lembra dos Haters? Eles estão trabalhando em peso nestas disputas. Para ilustrar melhor este artigo, separamos os quatro grandes poderes da tecnologia em continentes: Microsoft, Apple, Linux e Google.
Como estão se preparando?
Como você deve saber, antes de partir para uma guerra um país precisa armar-se e treinar seus soldados. E cada um deles está fazendo isso da melhor maneira possível. Confira agora como estão os preparativos em cada um dos continentes participantes desta guerra. Apresentamos as armas, as táticas e os principais comandantes de cada um dos exércitos.
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Continente Microsoft
Sendo responsável pela maior reunião de combatentes, a Microsoft chega às guerras contando com melhorias em seus antigos veículos de combate e também traz novas armas para acabar com os inimigos - como o Windows, que já passou por várias versões e acabou de se recompor de uma falha mecânica conhecida como “Erro Vista”.
Enquanto o general Bill Gates descansa em seu confortável quarto após sua rotina de exercícios diários no Kinect, seus soldados continuam desenvolvendo formas de colocar suas armas móveis no smartphones de várias marcas. Outra grande batalha que será travada pela Microsoft será no Mar dos Players, e Zune HD já está lá com seus canhões apontados.
Fonte da imagem: deVos
Também nas águas, mas no Mar dos Navegadores, o navio da Microsoft chama-se Internet Explorer. Apesar de ainda ser o mais utilizado em todo o mundo, todos os seus rivais o estão cercando para iniciar ataques ainda mais poderosos do que os anteriores.
Continente Apple
Steve Jobs é praticamente o faraó destas terras que parecem ter sido desenhadas por designers profissionais. Mesmo afastado do comando por motivos de saúde, todos os soldados carregam fotos do líder supremo em suas carteiras. Amigo da natureza, Jobs está prestes a soltar os leões sobre a concorrência, com o novo sistema operacional Mac OS X Lion.
Fonte da imagem: Matt Buchanan
O Leopardo das Neves deve juntar-se aos outros SOs no abrigo para felinos aposentados, enquanto os outros animais juntam-se para levar o Safari até o Mar dos Navegadores. No outro mar estão os iPods, que querem afundar o Zune antes mesmo que ele consiga firmar-se no mercado.
Para o céu de brigadeiro dos portáteis, as constantes atualizações do iOS continuam acabando com os problemas. Com isso, os iPhones e iPads estão armados e vão com tudo para cima dos rivais. Este continente precisa ainda tomar muito cuidado com as invasões chinesas, que são responsáveis pelo roubo de modelos. Existem informações de que até Steve Jobs já havia sido copiado.
Continente Linux
Aberto para qualquer usuário, este continente tornou-se um exílio de todos os que se frustraram com suas terras de origem. Venerando o deus Tux, os habitantes do Linux possuem todos os outros pequenos países de código aberto em seu lado. O principal destes companheiros de batalha é o navegador Mozilla Firefox.
Fonte da imagem: LinuxMag
Membros das comunidades opensource são os principais combatentes do Linux. Não se limitam aos aplicativos para o sistema operacional a que estão habituados, querem mais. Por isso é comum encontrar softwares de código livre em outros sistemas operacionais, já que a intenção deles é minar toda a indústria de software.
Continente Google
O principal dos exércitos Google é a base nas nuvens, que fica muito acima de qualquer outra empresa de internet. Também adepta do software livre, esta nação continua investindo em seus submarinos Chrome e pretende lançar o seu sistema operacional Chrome OS, que possui estrutura online.
Quanto aos sistemas portáteis, a Google possui vários equipamentos poderosos, que são os Android. Cada vez mais potentes, eles já transformaram muitos concorrentes em pó e agora estão mirando nos usuários de iPhone para aumentar o poder de fogo.
Fonte da imagem: Google
Não podemos nos esquecer dos mitos que envolvem a ascensão do império Google. O “Grande Olho que Tudo Vê” não deixa nada que passa pela internet escapar. Também há a lenda urbana dos replicantes que comandam a Google: diz-se que em breve a empresa será revelada como a Skynet da vida real.
Que comecem os ataques
Todos já estão com armas em punhos e as lutas começaram a ser travadas. No meio do oceano estão sendo unidas as forças dos navegadores Opera, Safari, Firefox e Chrome, todos com o objetivo de afundar o Internet Explorer de uma vez por todas. A aliança rebelde ganha espaço por ser muito mais estável e leve, enquanto o Internet Explorer locomove-se vagarosamente.
O Safari também apresenta problemas de travamento, pois os inimigos lançaram aplicativos Flash para ele e somente a versão para computadores conseguiu rodar. Outros problemas começaram a surgir: o Firefox sofreu um crash e o Chrome Beta 10 parou de responder. A batalha que parecia perdida para o Internet Explorer vai ter de ser recomeçada mais tarde.
Nos céus portáteis
A Apple já foi predominante no ambiente aéreo das guerras. Com o iPhone e iPad, o sistema operacional iOS atingiu milhões de usuários em todo o mundo, impondo respeito em todo e qualquer inimigo que pudesse se aproximar. A Microsoft deixou o medo falar mais alto e ainda não conseguiu entrar de cabeça no mercado dos sistemas portáteis.
Por outro lado, um certo Android fingiu que não existia ameaça alguma para seus ataques e chegou com tudo mercado. Suas armas cibernéticas não foram bloqueadas pelos inimigos e hoje o Android é o maior sistema operacional para smartphones do planeta. O problema é que ele também apresenta falhas, muitas empresas não atualizam seus aparelhos e alguns usuários estão com a versão 1.5 até hoje.
Operações especiais
Para que serve um computador sem um sistema operacional? Há muitos deles para serem comprados e instalados, mas não é todo mundo que consegue se adequar a determinado estilo de utilização. As batalhas mais vorazes ocorrem nestes ambientes, pois são as que envolvem os combatentes mais bem armados.
Mac OS e Linux possuem a mesma base UNIX, formando uma aliança bastante forte contra o Windows. Para vencer o inimigo, ambos contam sistemas mais estáveis e seguros, garantindo proteção contra vírus e outros malwares, que é o verdadeiro ponto fraco do sistema da Microsoft.
A guerra continua, mas os adversários começam a demonstrar seus erros. Os soldados do Linux acabaram se confundido com algumas linhas de comando de tanques desatualizados e apenas as novas versões de interface amigável puderam continuar os caminhos.
Ao mesmo tempo, os guerreiros do reino da Maçã começam a ficar assustados com a proximidade do esgotamento de suas munições. Infelizmente os equipamentos Apple ainda são bastante caros e não é possível carregar grandes quantidades de armamentos, o que força a nação a bater em retirada.
Problemas internos: a crise no Linux
Além das grandes guerras externas que o Linux está travando contra os outros continentes, o que mais desestabiliza os guerreiros do código aberto são as crises civis que se instauram. Enquanto os pelotões do Ubuntu prosseguem evoluindo, a grande maioria dos outros está mais preocupada em guerrear internamente.
Kurumin, Mandriva e Knoppix são apenas alguns dos batalhões que lutam pelo poder do reino Linux, mas acabam retirando as forças do continente nas disputas internacionais. Há denúncias apontando alguns soldados como desertores que estariam migrando para o continente Google, onde estariam colaborando na produção de uma bomba nuclear chamada Chrome OS.
Vazamento de informações: espiões dentro da Apple
Muitos dos problemas da Apple são originados em seus próprios escritórios. Não são raros os casos de vazamento de informações de projetos. Os casos mais absurdos são alguns protótipos “esquecidos” em restaurantes e encontrados por membros da imprensa internacional.
Fonte da imagem: NeoMediaTV
Fora isso, fabricantes chinesas lançam imitações dos aparelhos da Apple com frequência. E as cópias estão cada vez mais bem feitas e ousadas. Até mesmo o imperador Steve Jobs já foi copiado pelos chineses. Assim fica difícil manter o sigilo das armas secretas que serão lançadas para as guerras.
E se cair a conexão? Google em chamas
Leve, simples e funcional. Tudo na Google é fácil de usar, mas o problema é que tudo é feito nas nuvens. Qualquer problema na conexão faz com que não seja possível acessar nenhuma funcionalidade oferecida, o que dá margens para muitos ataques Flame por parte dos inimigos que utilizam canhões fixos no chão.
Outros golpes desferidos contra a Google são direcionados ao sistema Android. Há muitos celulares que utilizam este sistema, mas pelo fato de que algumas fabricantes querem vender aparelhos mais novos, muitos aparelhos deixam de receber atualizações e ficam mais vulneráveis a ataques.
Buracos na janela: o velho problema da Microsoft
Tela azul, sistema vulnerável a ataques e pirataria sem limites. Estes três problemas referem-se ao sistema operacional mais utilizado em todo o mundo: o Windows. Apesar de possuir soldados espalhados por todo o mundo, são poucos os veículos de guerra que são blindados contra ataques inimigos.
Fonte da imagem: Yuti
Além das constantes investidas das rivais, os problemas internos também fazem da Microsoft uma nação em crise. Foi difícil recuperar os pontos perdidos com o Vista, mas o Windows 7 trouxe um pouco mais de confiança para as tropas. Mesmo assim, ainda há muito o que ser feito para que os ataques à estrutura do continente sejam efetivamente danosos.
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Independente de qual seja o seu lado nesta guerra, é importante lembrar que é por causa das disputas pela hegemonia do mercado que a tecnologia chegou ao ponto que está hoje. O desenvolvimento é necessário para que as empresas permaneçam na briga pelo topo e é assim que continuam conquistando corações.
Agora conte para nós. Qual é o sistema operacional, navegador ou produto que você defende com unhas e dentes? Já foi fã de algum concorrente, mas acabou mudando de opinião? Deixe sua resposta nos comentários.
Infográfico por Nick Mancini
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