Neil Armstrong não poderia estar mais certo quando pronunciou a célebre frase “Um pequeno passo para um homem, um enorme salto para a humanidade”, ao pisar na Lua no dia 16 de julho de 1969, como parte da missão Apollo 11.
A partir desse feito, as tecnologias não pararam de evoluir. Para cada foguete ou satélite lançado ao espaço depois daquele ano, um novo aparato tecnológico era adicionado. Como a inovação é inevitável, o que podemos esperar na NASA para futuro?
A lista de sonhos da Agência Espacial Americana não é muito grande, mas é bastante ambiciosa. Confira abaixo as ideias que a agência teve para os futuros robôs, mecanismos de propulsão e combustíveis que podem ser construídos ao longo da próxima década.
Mini AERCam
EM 1997 a NASA testou um pequeno robô, controlado remotamente, que tinha como objetivo ajudar na inspeção externa da ISS (International Space Station – Estação Espacial Internacional). Equipado com câmeras, a pequena esfera robótica permitiria a visualização da parte de fora da Estação Espacial sem que os astronautas tivessem que deixar o interior do módulo.
Fonte da imagem: NASA
O sucessor dessa ideia é o Autonomous Extravehicular Robotic Camera, ou simplesmente Mini AERCam. Além de menor do que a esfera original, o novo robô também possui maior autonomia. Ele será capaz de mover-se para a área de interesse, evitando obstáculos, prover diferentes ângulos de visão, retornar à sua base e recarregar as baterias de maneira automática.
A ideia é tornar as caminhadas espaciais de inspeção menos frequentes e ainda assim permitir que os astronautas tenham uma visão clara e precisa da parte externa da Estação Espacial. No site do projeto, é possível encontrar diversos vídeos de teste e algumas fotos do AERCam.
Suit Port
A ideia principal desse projeto é combinar trajes espaciais com escotilhas e veículos de exploração. O objetivo é manter os trajes de exploração do lado de fora do veículo e permitir que os astronautas os vistam por meio de uma escotilha localizada na parte de trás do traje.
Fonte da imagem: NASA
Uma vez que o astronauta esteja dentro da roupa, a escotilha e o traje são selados e esse é então solto do veículo, permitindo que a pessoa caminhe e se movimente livremente pelo ambiente. Ao fim da exploração, o Suit Port é novamente fixo ao veículo, a escotilha é aberta e o astronauta está livre para voltar ao interior do seu transporte.
A vantagem em utilizar o Suit Port é o fato de ele manter a poeira e outros resíduos que grudam no traje espacial do lado de fora do veículo, protegendo os astronautas de eventuais contatos com materiais desconhecidos. A NASA já iniciou a fase de teste do traje com escotilha.
Hidrogênio sólido
Quando submetido a pressões elevadas, o hidrogênio passa do estado gasoso (mais comum) para sólido, criando pedras desse poderoso combustível. Em Júpiter, por exemplo, é mais fácil encontrar esse material em estado sólido do que em forma de gás.
Ainda não está muito claro se o hidrogênio se manteria como sólido após a pressão ser diminuída, mas caso isso aconteça, ele poderia ser utilizado como uma poderosa fonte de combustível. Isso porque a quantidade de energia liberada no processo de queima da pedra de hidrogênio é muito maior do que aquela encontrada ao queimar a mesma quantidade de massa dos combustíveis convencionais.
Ou seja, menos hidrogênio seria utilizado para produzir muito mais energia e impulsionar os foguetes rumo ao espaço. Não é preciso dizer que a NASA está estudando uma maneira de produzir hidrogênio sólido e utilizá-lo como combustível.
Propulsão a laser?
Atualmente, os foguetes queimam combustível para criar gases que os impulsione para o alto. Agora, porque não usar outras fontes de calor para “acelerar” os veículos em lançamento? Uma das alternativas que está sendo estudada pela Agência Espacial Americana é o uso de lasers.
A ideia é que os lasers sejam disparados em direção ao foguete a partir de estações localizadas na Terra. Os feixes iriam aquecer os propulsores a bordo do veículo espacial a uma temperatura maior do que aquela liberada pela queima dos combustíveis convencionais. Quanto maior a temperatura, mas eficiente é a propulsão do foguete.
Combustível de antimatéria
O peso dos foguetes é composto em grande parte pelo combustível que os impulsiona rumo ao espaço. Dessa forma, o mesmo componente que permite o lançamento das tecnologias para ao infinito também é responsável por um dos grandes problemas enfrentados pela NASA, o excesso de peso.
Porém, a Agência Espacial Americana já trabalha na busca por soluções para o problema do peso do combustível. Uma delas seria a utilização de antimatéria. Isso só é possível, pois, quando matéria e antimatéria entram em contato. Elas se anulam e produzem uma quantidade exorbitante de energia.
Infelizmente, a quantidade de antimatéria necessária para tornar esse sonho verdade é muito maior do que aquela produzida por ano em todos os testes de colisão de partículas realizados ao redor do mundo. Mas nada impede o estudo da antimatéria para tal aplicação no futuro.
Foguetes movidos a energia solar
A utilização da energia solar já não é nenhuma novidade. Existem centenas de aparelhos que podem ser alimentados apenas com a energia provida pelo Sol. A NASA, no entanto, pensou em uma maneira um pouco diferente de utilizar a maior estrela do sistema solar para impulsionar seus avanços em direção ao céu.
O Solar Thermal Propulsion, nome com o qual o conceito foi batizado, utilizaria lentes e espelhos para concentrar a luz do Sol e aquecer o combustível propelente usado nos foguetes. A ideia é a mesma de queimar papel e acender fósforo utilizando uma lupa para concentrar os raios solares, porém um pouco mais elaborada.
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A utilização de novos combustíveis e mecanismos de propulsão podem tornar o sonho de ir à outros planetas ainda mais próximo. Quem sabe usando elementos mais leves e que liberem mais energia a viagem para conhecer lugares mais distantes não seja tão impossível afinal.
Se os projetos da NASA se tornarão uma realidade, apenas o tempo dirá. Enquanto isso, o jeito é torcer para que toda essa a evolução chegue para tornar o que já é bom em algo ainda melhor.
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