Fonte da imagem: Raduasandei / Wikipedia
O Egito amanheceu sem internet nesta quarta-feira, quarto dia de protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Um dos maiores provedores do país, o italiano Seabone, informou que não havia transmissão de dados para o país desde as 20h30 (horário de Brasília).
As redes sociais até então vinham sendo uma das principais fontes de informação para o mundo exterior. Segundo relatos de moradores do país, a internet foi cortada minutos depois da agência de notícias Associated Press ter publicado um vídeo no qual um manifestante é baleado durante os protestos.
Repórteres que trabalham no país temem que os serviços de telefonia fixa e celulares sejam os próximos a serem afetados. O conflito no Egito parece repercutir em outros países, onde manifestantes também têm se insurgido contra o governo. No Iêmen e no Gabão, policiais também entraram em conflito contra grupos protestantes.
Os organizadores dos protestos têm utilizado o Facebook para convocar manifestações ainda maiores para este fim de semana. Desde terça-feira, pelo menos mil pessoas foram detidas no Egito. Os egípcios se queixam dos altos índices de desemprego, do autoritarismo do governo e dos níveis elevados de corrupção.
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