No momento, muitas pessoas estão aproveitando os recursos da conexão 4G em seus dispositivos móveis. Porém, a tecnologia é algo que muda constantemente e com certeza já há diversos grupos pesquisando uma forma de evoluir essa opção para o 5G, e algumas dessas investidas podem ser vistas no Brasil.
Um dos núcleos que trabalha nessa tecnologia é o Centro de Estudos em Telecomunicações da PUC-Rio, que conta com um laboratório dedicado à nova rede. Por lá, cerca de 30 pessoas atuam em várias linhas de pesquisa, sendo duas delas as principais: uma com o objetivo de acelerar a decodificação de dados recebidos pelos aparelhos para reduzir o retardo e outra que pretende diminuir a interferência de transmissões com múltiplas antenas.
Uma das características dessa conexão seria a possibilidade de obter uma velocidade mil vezes maior que a atual, além de uma redução no consumo de energia – porém, é bom não esperar nada disso para antes de 2020
“Hoje a transmissão é feita em blocos de dados. Na recepção, esses blocos precisam ser decodificados, o que é feito em loops, em várias passagens. Desenvolvemos aqui algoritmos de decodificação rápida, que não requerem tantas passagens. No 4G, são necessárias cerca de 20 passagens. Estamos trabalhando com um algoritmo que demanda apenas três ou quatro passagens, o que reduz o retardo”, explicou o professor Rodrigo de Lamare, chefe do laboratório, ao site Mobile Time.
Outro detalhe mencionado pelo professor é que a ideia do time é tentar encontrar novas técnicas de transmissão e de decodificação, algo que é classificado como internet tátil e que é capaz de oferecer resposta instantânea.
E você, já consegue vislumbrar as melhorias trazidas pelas conexões 5G?
Outra frente
Somado ao que foi descrito acima, a equipe da PUC-Rio também trabalha em outra pesquisa sobre interferência de sinais. De acordo com os dados levantados pelo time, o 5G pode ser operado em várias faixas de frequência e em múltiplas antenas, mas há um problema nisso: a interferência entre os sinais pode comprometer a utilização da rede.
Para sanar esse problema, os pesquisadores estão buscando um meio de criar uma forma maior de comunicação entre os pontos de acesso para diferenciar os canais utilizados, fazendo com que eles sejam identificados e devidamente separados.
Por fim, também houve a menção de que uma das características dessa conexão seria a possibilidade de obter uma velocidade mil vezes maior que a atual, possibilitando a realização de streamings em 3D e até mesmo uma redução no consumo de energia – porém, é bom não esperar nada disso para antes de 2020.
Fontes