No carnaval de 2011, o Senai/Cimatec (Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia) irá instalar chips de monitoramento RFID nos abadás dos foliões de Salvador com o objetivo de evitar fraudes e furtos. Camisetas para acompanhar a festa chegam a ser vendidas por R$ 1,5 antecipadamente, com preços chegando a US$ 1,5 mil para estrangeiros que as compram durante as comemorações.
Segundo o Cimatec, a medida surge como forma complementar de segurança, já que os índices de roubos e furtos são muito grandes. Mesmo com medidas como a criação da central dos abadás, que concentra a entrega das camisetas em um mesmo lugar, não são raros os esquemas que falsificam as peças que dão direito a acompanhar os principais trios elétricos do carnaval baiano.
Além de servir como medida de segurança, a inclusão de etiquetas RFID permite obter facilmente informações úteis em casos de desmaio, por exemplo, como o nome, tipo sanguíneo, local de hospedagem e se a pessoa possui algum tipo de doença crônica como o diabetes. Porém, o Cimatec não informou se esses dados serão utilizadas na base de dados montada.
O maior desafio enfrentado pela equipe será a área de cobertura, já que os equipamentos mais eficientes são capazes de identificar as etiquetas com a distância máxima de 15 metros. No carnaval de Salvador, que costuma reunir milhões de pessoas de todo o mundo, este pode ser um grande desafio – e, se a fiscalização não for feita de maneira correta, de nada servirá para evitar os roubos e fraudes.
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