Televisão 4K da Vestel (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Ao andar pelos corredores da edição 2013 da IFA, é impossível não se deparar com termos como “4K” ou “Ultra High Resolution”. Empresas como Samsung, Philips, LG, Sony, Toshiba, Panasonic, Vestel e TCL (as duas últimas pouco conhecidas no Brasil) aproveitaram o evento para exibir suas próprias tecnologias de processamento de imagem em altíssima resolução.
Para um leigo no assunto, é difícil não ficar com a impressão de que tudo aquilo que era ofertado no local se tratava basicamente do mesmo produto, cuja principal diferença era o tamanho de tela e a marca impressa nele. Aparentemente cientes disso, os participantes da feira de eletrônicos e eletrodomésticos fizeram o possível para informar ao público os motivos que diferenciavam seus dispositivos — tudo isso na esperança de conquistar a preferência (e a carteira) do consumidor.
Em busca de um diferencial
Uma das maneiras encontradas para chamar a atenção do público foi apostar em designs que realmente pareçam únicos. Talvez a empresa que mais se diferencie nesse sentido seja a Philips, com sua tecnologia Ambilight + Hue. Além de os televisores da companhia apresentarem um sistema de iluminação lateral, isso pode ser combinado a uma série de lâmpadas especiais que trazem o efeito para o resto de sua casa.
Tecnologia Ambilight da Philips (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Já a Sony decidiu apostar na exibição de tecnologias próprias, como sua TV 4K com tela OLED e sua primeira televisão LED com painel curva. Além disso, a empresa apresentou seus primeiros Blu-rays desenvolvidos para trabalhar com a nova resolução de forma nativa, o que deve garantir uma experiência com maior fidelidade visual aos consumidores.
Maior Ultra HD do mundo, da Samsung (Fonte da imagem: )
Por outro lado, a Samsung decidiu apostar no tamanho bruto para chamar a atenção do público, estratégia que se mostrou bastante efetiva. Quem penetrava no espaço da empresa através de sua entrada sul se deparava com a autointitulada “maior UHD TV do mundo”, cujas 110 polegadas dificilmente passavam despercebidas.
Painel de TVs 4K da Panasonic (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
No entanto, quando o assunto é extravagância, nenhuma empresa conseguiu superar a Panasonic. O stand da empresa estava tomado pela combinação de nada menos que 17 televisores compatíveis com a tecnologia de resolução 4K que juntos mostravam vídeos impressionantes.
Tecnologias de upscale
Cientes das limitações existentes no que diz respeito à oferta de conteúdo nativo na resolução Ultra HD, diversas companhias reservaram um espaço em seus stands para demonstrar suas tecnologias de upscale. Entre elas está a Toshiba, cujo método CEVO 4K promete dar uma nova aparência a conteúdos produzidos originalmente no formato Full HD.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Tática semelhante foi adotada pela LG e pela Philips, cada uma delas responsável por utilizar uma tecnologia de melhoramento de imagens diferente. Enquanto a primeira exibia conteúdos transformados com o auxílio do codec HEVC (H.265), a segunda exibia ao público uma tecnologia própria batizada como “Ultra HD Display”.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O método criado pela TP Vision (divisão da Philips responsável por suas Smart TVs) transforma um pixel de uma imagem em 1080p em quatro pixels que se ajustam ao padrão 4K. Além disso, uma técnica de pós-processamento se assegura de que a imagem final não vai parecer simplesmente ter sido “arrastada”, o que garante uma melhor adaptação ao novo padrão — para se assegurar de que o processo vai acontecer de maneira satisfatória, a companhia utiliza uma placa-mãe dedicada exclusivamente a realizar esse e outros processos de melhoria visual.
Tecnologia que ainda não é para todo mundo
Após a IFA, a única certeza imediata que se pode ter quanto ao mercado de televisores Ultra HD é que, até o momento, ele não é para todo mundo. Devido à relativa novidade da tecnologia de altíssima resolução, os preços dos televisores que contam com esse recurso ainda se mostra bastante salgado.
TVs 4K da TCL (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
No entanto, a tendência é a de que isso seja um problema passageiro, o que vai possibilitar que, dentro de alguns anos, tenhamos modelos de entrada capazes de se adaptar às condições financeiras de um público mais amplo. Conforme afirmou o CEO da TP Vision (em uma entrevista que você pode conferir clicando aqui), a tendência é a de que, com o tempo, os custos necessários para desenvolver e tornar a tecnologia viável sejam amortecidos conforme esse mercado cresce.
Vale lembrar que os modelos de alto desempenho continuarão a ter custos “Premium”, algo que se deve tanto ao seus tamanhos de tela avantajados quanto a recursos de software mais completos e dinâmicos. Nada que seja exatamente uma novidade, ainda mais quando se leva em consideração que a mesma situação acontece no segmento de televisões Full HD que hoje domina o mercado.
O Tecmundo viajou à IFA 2013 a convite da TP Vision/Philips.
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